Servidores enterram cruzes em gramado da prefeitura da Capital em protesto por adicional de periculosidade e outros direitos

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Servidores municipais de diversas categorias realizam protesto em frente à Câmara dos Vereadores de Campo Grande nesta terça-feira (6), exigindo o pagamento do adicional de periculosidade e o enquadramento das promoções. Após sair do Paço Municipal, o grupo também ergueu cruzes no canteiro central da Avenida Ricardo Brandão.

O presidente do Sindicato dos Guardas Municipais afirma que o protesto também busca a revisão da Lei 190, que trata dos cargos de carreira e da redução dos riscos de trabalho. Ele relata ter ido à Casa de Leis no final de 2023 para expressar a insatisfação dos colegas com a falta de benefícios. “Retirar direitos dos servidores de carreira para acomodar a folha salarial de forma oculta, reconfigurando o plano de trabalho e suprimindo o que está previsto na lei, como adicional de periculosidade, insalubridade e auxílio-alimentação, por meio de decreto, é um desrespeito ao servidor. As cruzes representam o sepultamento desses direitos. No final do ano passado, conseguimos impedir a aprovação desse projeto com 11 entidades sindicais, juntamente com o presidente da casa legislativa. Naquela ocasião, o projeto foi retirado, com a promessa de uma reunião com os servidores, o que não aconteceu”, declarou.

Após a manifestação no Paço Municipal, o grupo seguiu para a Câmara dos Vereadores para solicitar uma reunião com a administração municipal. Desde o início das reivindicações, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) informou que o enquadramento dos servidores está em análise e em negociação com a Secretaria Municipal de Gestão (Seges) e a Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin).

O presidente do SintePMCG, Angelo Macedo, afirmou ao Estado Diário que a mobilização quer mostrar a realidade do servidor público municipal. 

“[A Prefeitura] não paga a insalubridade dos profissionais da saúde, não paga o adicional de periculosidade da guarda municipal, não paga adicional noturno daqueles que labutam a noite, ou seja, não cumprindo a lei”, ele alega.

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