Prefeita de Capital Adriane não comparece o evento do 7 de Setembro, aderindo convocação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) para boicotar as solenidades da independência do Brasil , Riedel passou em revista a tropa de militares 

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), não compareceu ao evento de comemoração do Dia da Independência do Brasil, um fato inédito desde que a cidade se tornou capital do estado de Mato Grosso do Sul. Com sua ausência, o governador do estado, Eduardo Riedel (PSDB), passou em revista a tropa de militares para a abertura do desfile, que contou com a presença de aproximadamente 15 mil pessoas.

Uma das possíveis razões para a não participação da prefeita no evento pode ter sido uma convocação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para boicotar as solenidades do 7 de Setembro.

Adriane Lopes é membro do mesmo partido da senadora Tereza Cristina, que representa o estado no Senado e foi ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante três anos e meio no governo Bolsonaro.

Eduardo Riedel acompanhou todo o desfile junto com diversas autoridades, incluindo o general do Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, do Comando Militar do Oeste (CMO), o brigadeiro do ar Eric Brevigleri, comandante da Base Aérea de Campo Grande (BACG), e o contra -almirante Iunis Távora Said, comandante do 6° Distrito Naval. No início do evento, o governador passou a tropa militar em revista junto com o comandante do CMO para dar início ao desfile.

Em entrevista, Riedel falou sobre o momento como um ato cívico e um direito de todos os brasileiros, expressando sua satisfação pelo desfile, que classificou como “bonito e tranquilo, como deveria ser”.

O governador também enfatizou que o 7 de Setembro é uma oportunidade para comemorar os 201 anos da Independência do Brasil.

Além da prefeita, outros políticos estaduais que manifestaram apoio ao patriotismo, mas não compareceram às celebrações do Dia da Independência do Brasil em Campo Grande, incluindo os deputados estaduais Coronel David (PL), João Henrique Catan (PL) e Rafael Tavares (PRTB) .

Em suas redes sociais, Catan e Tavares afirmaram que aderiram ao movimento bolsonarista, que pedia às pessoas que ficassem em casa como forma de boicote ao governo do presidente Lula. Ambos compartilharam imagens do desfile em Brasília e comentaram que estava “vazio”, afirmando que as pessoas não compareceram em massa devido à falta de apoio ao atual governo federal.

Contudo, imagens diretas da transmissão do desfile em Brasília mostram o contrário.

O tema do desfile deste ano foi “Democracia, Soberania e União”, com o atual governo federal optando por não utilizar os dados da Independência do Brasil para discursos políticos ou promoção de sua própria imagem, concentrando-se em celebrar o país.

Em 2022, o tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro reuniu aproximadamente 4,2 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, no centro de Campo Grande, após dois anos sem a realização do evento devido à pandemia de Covid-19.

A maioria dos presentes eram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, usavam as cores verde e amarelo, empunhando bandeiras e portando itens com o nome ou imagem do presidente, como camisetas e bonés. Após o desfile militar, ocorreu um incidente durante uma tradicional manifestação do Grito dos Excluídos em Campo Grande.

Os manifestantes, líderes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), estavam no caminho da Avenida Afonso Pena em cima de um carro elétrico, quando foram bloqueados pela cavalaria da PM. Houve protestos por parte dos manifestantes, mas a situação foi resolvida e o grupo conseguiu continuar seu trajeto normalmente.

Após a tentativa de bloqueio, o deputado estadual Pedro Kemp informou que o secretário de Estado Eduardo Rocha, da Casa Civil, pediu desculpas pelo incidente em nome do governador Eduardo Riedel.

Kemp fez um pronunciamento em suas redes sociais, alegando que um PM tentou impedir que os manifestantes passassem em frente ao palanque onde estavam as autoridades presentes no desfile. A polícia justificou que estava cumprindo o protocolo de encerramento do desfile e, portanto, não poderia liberar o acesso naquele momento.

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