Falta de prestação de contas do PRIMT levanta questionamentos sobre transparência na prefeitura de Campo Grande

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Em meio a um cenário marcado por denúncias e expectativas frustradas, a gestão municipal de Campo Grande enfrenta novos questionamentos, desta vez em relação ao PRIMT, anteriormente conhecido como PROINC.

A prefeita Adriane Lopes, do Partido Progressista (PP), que sucedeu Marquinhos Trad (PSD), buscou reverter a imagem negativa do antecessor ao reformular o controverso Programa Assistencial de Inclusão Profissional (Proinc). No entanto, a renomeação da iniciativa para Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho (Primt) não foi suficiente para dissipar as críticas.

A proposta inicial do Primt, apresentada na Câmara de Vereadores, visava não apenas à inserção profissional dos cidadãos, mas também aprimorar os serviços de limpeza urbana, promovendo inclusão social e auxiliando na manutenção da cidade. No entanto, as esperanças de uma mudança substancial foram rapidamente frustradas quando se constatou que o programa, assim como seu antecessor, tornou-se um verdadeiro cabide de empregos, desviando recursos públicos e comprometendo a transparência administrativa.

A falta de prestação de contas e transparência evidencia a continuidade de práticas questionáveis na gestão pública. A legislação exige que a prefeitura, por meio da Fundação Social do Trabalho (Funsat), preste contas do Primt a cada seis meses. No entanto, mais de um ano após sua criação, essa obrigação não foi cumprida, gerando questionamentos e preocupações entre os vereadores e a população em geral.

O vereador Claudinho Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), expressou sua indignação diante da situação precária da cidade, marcada por protestos e manifestações devido à falta de serviços públicos básicos, como a manutenção das vias e o atendimento médico adequado. Além disso, ele ressaltou a ausência de transparência na divulgação de informações sobre os gastos públicos e a composição dos cargos comissionados, contribuindo para o clima de desconfiança e insatisfação.

A gestão de Adriane Lopes é criticada por não cumprir suas próprias determinações legais e por manter práticas questionáveis herdadas da administração anterior. O caso do Primt ilustra a persistência de um modelo de gestão marcado pelo aparelhamento político e pela falta de compromisso com a eficiência e a transparência na aplicação dos recursos públicos. A sociedade aguarda com expectativa a audiência pública para prestação de contas, na esperança de obter esclarecimentos e medidas concretas para corrigir os rumos da administração municipal.

No mês de janeiro, o Estado Diário enviou um e-mail à Fundação Social do Trabalho (Funsat), com cópias para a Secretaria de Governo, buscando esclarecimentos sobre a localização dos beneficiários do programa de inclusão ao mercado de trabalho no site da transparência do município. Até o momento, não recebemos resposta alguma, o que ressalta a falta de transparência na gestão da prefeita Adriane Lopes.

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