Uma jovem de 22 anos conseguiu escapar do cárcere privado imposto pelo marido de 24 anos e buscou socorro em um posto de saúde nesta quinta-feira (10), na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, a 221 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com informações do site Ligado na Notícia, a vítima relatou ter sido alvo de agressões físicas e ameaças com uma faca. O boletim de ocorrência detalha que as agressões tiveram início na residência do casal, após uma discussão na quarta-feira (9), motivada por ciúmes do companheiro.
A jovem contou que, após a discussão, o marido a trancou dentro de casa, tomou seu celular à força, quebrou o aparelho e o jogou em uma fossa no quintal. Ela sofreu ferimentos nas mãos devido aos estilhaços da película do telefone. O registro policial também informa que o agressor a derrubou, pisou em sua cabeça com uma bota de trabalho, desferiu socos e puxou seus cabelos. Apesar de não apresentar lesões aparentes em algumas áreas do corpo, foram constatados machucados em um dedo da mão esquerda e próximo ao punho da mão direita.
Durante o período em que foi mantida em cárcere, o agressor também utilizou uma faca de cozinha para danificar três ursinhos de pelúcia da vítima e destruir outros objetos da casa, como um espelho e um aparelho de som. Na manhã de quinta-feira, por volta das 5h, ao sair com o filho para uma consulta médica, a jovem foi novamente abordada pelo marido perto de uma igreja. Ele a obrigou a subir em sua moto com a criança e os levou de volta para a residência, proibindo-a de sair, embora não a tenha trancado novamente.
Aproveitando um momento em que o agressor se ausentou, a mulher conseguiu fugir e correu até a UBS (Unidade Básica de Saúde) próxima, onde pediu ajuda. Ela foi atendida por seu próprio tio, que trabalha como farmacêutico na unidade, além da assistente social e do psicólogo, que prestaram o acolhimento e a segurança iniciais. Uma equipe da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) conduziu a vítima e seu filho até a delegacia para o registro formal da ocorrência. A jovem solicitou medida protetiva de urgência e foi orientada a evitar qualquer contato com o agressor. O caso foi registrado como sequestro, cárcere privado, ameaça e lesão corporal, e até o momento não há informações sobre a prisão do suspeito.
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