Prevenção não é prioridade para Prefeitura de Campo Grande

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As chuvas que caíram sobre Campo Grande no passado fim de semana ligam o alerta para a temporada de chuvas que está por vir. Em pouco tempo caíram 107 mm de chuvas na cidade e diversos foram os inconvenientes enfrentados pela população.  E o problema se viu por toda a cidade: Vila Nasser, Av Ernesto Geisel, Lagoa Itatiaia, A. Duque de Caxias, Amambai. Essas foram algumas das localidades afetadas por alagamentos. Na UPA do Coophavilla foram registradas cenas deprimentes de pacientes em espera por atendimento em pé sobre a água.

Explicar os transtornos relacionando-os às mudanças climáticas tem sido um subterfúgio recorrente da administração municipal. No ano passado as mudanças foram responsáveis pelo colapso nas vias no entorno do Lago do Amor, pela queda da ponte na Av. Fernando Correa da Costa com Rua José Antonio e no Jardim Morenão. A Rua Lino Villacha, próximo à entrada do Hospital São Julião foi outra vítima das mudanças climáticas.

Na ECO 92 a grande conferência internacional do meio ambiente ocorrida no Rio de Janeiro e promovida pela ONU, já alertava o planeta sobre as mudanças climáticas. A mitigação dos seus efeitos deve estar na ordem do dia dos governos sejam eles nacionais, regionais ou municipais, pelo menos nos que acreditam na ciência.

No caso dos municípios, a capacidade de prever zonas de alagamento e enxurradas e trabalhar na prevenção dos possíveis problemas em épocas de chuva deveria ser prioritário evitando prejuízos, constrangimentos e até para proteger vidas. Campo Grande parece ignorar isso.

Em recente entrevista, o Major Centurião, profundo conhecedor do sistema de Defesa Civil em Campo Grande, relatou ao jornalista Maurício Hugo, do Express News, que prevenção não é uma palavra que esteja presente no vocabulário da atual gestão. Estamos às portas de uma nova temporada de chuvas, os problemas irão ocorrer e a gestão municipal está de braços cruzados orando e aguardando que nada de grave ocorra. As mudanças climáticas estão aí e exigem um meticuloso trabalho de diagnóstico e prevenção que ainda não vimos por aqui. Até quando esperar?

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