Oito bairros de Campo Grande estão em risco de infecção pelo mosquito Aedes aegypti, de acordo com um levantamento realizado pela Sesau entre os dias 8 e 16 de maio.

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Segundo o balanço divulgado nesta terça-feira (23), as áreas mais críticas estão nas regiões das unidades de saúde do Iracy Coelho, Coophavilla, UBS 26 de Agosto, Vida Nova, Aero Rancho, Silvia Regina, Bota Fogo e Dona Neta, todas com um Índice de Infestação Predial (IPP) superior a 5%. O percentual crítico é a partir de 3,9%.

Outros 38 bairros estão em situação de alerta, com um índice de infestação de 1% a 3,9%, e 66 apresentam índices satisfatórios, abaixo de 1%. O levantamento completo pode ser conferido no site da Sesau.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, ressalta que 80% dos focos do mosquito são encontrados dentro das residências, destacando a importância da conscientização dos moradores. Ela alerta para a presença de focos em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas e embalagens plásticas.

No final do ano passado, o município lançou a campanha “Mosquito Zero”, que se estendeu até março deste ano. Durante esse período, aproximadamente 55,3 mil imóveis foram inspecionados nas sete regiões urbanas da capital. Foram eliminados cerca de 39 mil depósitos e 2,6 mil focos do mosquito.

Desde o início do ano até 16 de maio, Campo Grande registrou 10.314 notificações de dengue, com dois óbitos. Também foram confirmados 1 caso de Zika e 6 casos de chikungunya no mesmo período. A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti. A água parada é um dos principais fatores de proliferação do mosquito, sendo essencial a conscientização da população e a fiscalização nas residências.

A Sesau destaca os sintomas clássicos da dengue, como dores nas articulações, dores de cabeça, fraqueza e febre, ressaltando que o diagnóstico deve ser feito por um profissional médico. É importante tampar caixas d’água, cisternas, tonéis e tambores, além de realizar vigilância frequente em reservatórios de eletrodomésticos, como geladeiras e climatizadores.

Medidas como manter ralos limpos e com tela de proteção, evitar o acúmulo de água em recipientes, descartar corretamente objetos e lixo e amassar latas e garrafas são essenciais para prevenir a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. A conscientização e a participação de todos são fundamentais nessa luta contra a proliferação do mosquito transmissor de doenças.

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