Ministério da Saúde cobra a prefeitura a adesão ao programa de Atenção Primária á Saúde em Campo Grande

0

Representante do Governo Federal em MS alega falha na formalização de solicitações de repasses pela Prefeitura, que nega a afirmação

Há uma espera de três meses por parte do Ministério da Saúde para que a Prefeitura de Campo Grande formalize a adesão ao programa de Atenção Primária à Saúde, conhecido como APS do Futuro. A informação foi confirmada pelo superintendente da pasta em Mato Grosso do Sul, Ronaldo de Souza Costa. O não envio do documento pela prefeitura implica na perda da oportunidade de receber mais equipes para atuarem nos postos de saúde da Capital, a informação consta em matéria publicada no Campo Grande News

A atenção primária desempenha um papel crucial como a “porta de entrada” para os usuários, oferecendo serviços essenciais na prevenção de doenças, tratamento de casos menos graves e encaminhamento para atendimentos de maior complexidade.

Ronaldo Costa destaca que, se a adesão tivesse sido concretizada até 30 de setembro do ano passado, conforme prometido pela prefeitura, os médicos pagos pelo programa já estariam prontos para iniciar seus trabalhos no início de 2024.

No entanto, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) contesta essa informação, alegando que durante a visita do representante da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, foi elaborado um projeto para a expansão e qualificação da área. O município aderiu ao Programa Mais Médicos, disponibilizando 37 profissionais, e aguarda a análise do Ministério para a inclusão de mais 13, totalizando 50 novas equipes de Saúde da Família.

A prefeitura também destaca que, entre os aspectos discutidos, está a expansão física da estrutura, com a solicitação de recursos para a construção de 12 novas unidades, conforme uma portaria ministerial do Programa de Aceleração no Crescimento (Novo PAC). A administração municipal assegura estar em contato com o órgão para atender a todas as exigências dentro do prazo estipulado.

O superintendente do Ministério da Saúde ressalta que, se a prefeitura aderisse ao programa, seriam adicionadas 146 novas equipes de saúde da família, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos. O Ministério pagaria os salários dos médicos, enquanto o restante ficaria sob a responsabilidade do município.

A tabela apresentada indica a previsão de aumento das equipes para atuação na atenção primária em Campo Grande. O número total, incluindo saúde da família, bucal e agentes comunitários, subiria de 1.918 para 2.484. O programa também propõe a divisão das equipes em cargas horárias diárias de dois turnos, das 7h às 13h e das 13h às 19h, ampliando o horário de atendimento diário em 50% nas Unidades Básicas e beneficiando 408 mil pessoas imediatamente.

Essa outra tabela a baixo detalha quais unidades podem receber as novas equipes para expandir o atendimento da rede. São ao todo 13 postos de várias regiões da cidade, com destaque para ampliações mais significativas no Universitário, Coronel Antonino, Dona Neta e Pioneira.

.