Justiça Federal aceita denúncia contra vereador Allex Dellas e outras nove pessoas por lavagem de dinheiro e organização criminosa

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A Justiça Federal acatou a denúncia contra o vereador Allex Dellas (Republicanos) e outras nove pessoas por crimes de lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa a serviço do tráfico de drogas. A investigação sobre o esquema foi conduzida na Operação Mamon, que teve início em abril de 2021.

Allex Dellas, líder do prefeito Marcelo Iunes na Câmara Municipal, é apontado pela denúncia como integrante do núcleo criminoso liderado por seu pai, Ale Thair Della. A denúncia também destaca a participação do irmão do vereador, Matheus Prado Della.

O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal, aceitou a denúncia no dia 28 de agosto deste ano, inicialmente contra sete denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). Posteriormente, em publicação no Diário da Justiça Federal de 12 de dezembro, foram incluídos mais dois nomes que haviam sido inicialmente excluídos quando os outros denunciados se tornaram réus.

Os réus, agora totalizando onze, incluem Allex Prado Della (conhecido politicamente como Allex Dellas), Matheus Prado Della, Ale Thair Della, Guilherme Regenold Neto, Ioneide Nogueira Martins, Maria Lúcia Martins, Mayara Pinho Tucan, Luciano Cestari, Lukas Martins Nogueira e Ademilson Dias Bezerra.

Além da condenação por lavagem de dinheiro e organização criminosa, o MPF solicita que os réus paguem R$ 8,5 milhões em indenização como “reparação pecuniária”, calculados com base no grau de dano moral. No caso do vereador Allex Dellas, em caso de condenação, o pedido é de pagamento de R$ 2 milhões.

O MPF também requereu o perdimento de todos os bens imóveis e veículos apreendidos na operação, tanto em nome dos denunciados quanto dos “laranjas” e de pessoas jurídicas associadas ao grupo criminoso. A Operação Mamon, deflagrada pela Polícia Federal em abril de 2021, investigou duas organizações criminosas que colaboravam na lavagem de dinheiro do tráfico. Em quatro anos, conforme o MPF, utilizaram estabelecimentos em Corumbá, como bares e mercadinhos, para “inserir os recursos ilícitos em atividades ilícitas, permitindo o branqueamento de capitais”, totalizando R$ 80 milhões nesse período.

A reportagem entrou em contato com o vereador Alex Dellas via whatsapp porém não obtemos retorno.

Agora a noite o vereador Alex Dellas respondeu a nossa pergunta via aplicativo de mensagem, afirmando estar tranquilo, trabalhando, e que vai se defender das acusações “estou absolutamente tranquilo, pois tenho certeza da minha lisura da minha probidade e tenho certeza que vou provar isso dentro do processo, tenho certeza da minha inocência” afirmou, continuando o vereador disse que esse é um procedimento de acatar a denúncia como todos os outros trâmites jurídicos, principalmente a defesa ” eu continuo tranquilo e seguro da minha inocência, sigo com minhas atividades normalmente” finalizou.

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