Em Corumbá pai e filhos são detidos por tráfico “em família”, vinculados à quadrilha do Piauí

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Na manhã desta terça-feira (27), uma operação coordenada entre o núcleo de inteligência do estado do Piauí e a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul resultou no cumprimento de três mandados de prisão em Corumbá. As autoridades identificaram um pai, seu filho e filha como os principais responsáveis pela logística de entrada de drogas na cidade fronteiriça com a Bolívia, que posteriormente eram distribuídas no Nordeste do Brasil.

O delegado Charles Pessoa, à frente da Draco (Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) do Piauí, destacou a participação de um núcleo familiar na organização criminosa. “Laércio Batista Pereira, 39 anos, figura central nessa operação, colaborava com sua esposa. No Mato Grosso do Sul, a operação era conduzida por um pai e seus dois filhos, responsáveis pela entrada da droga e lavagem de dinheiro”, explicou.

Segundo Charles, a família em Corumbá atuava na logística da distribuição de drogas provenientes da fronteira, e todos os envolvidos têm vínculos com o PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa de São Paulo.

Os nomes dos presos não foram divulgados devido ao sigilo da investigação. De acordo com o delegado Anchieta Nery, foram expedidos 18 mandados de prisão, dos quais 15 foram cumpridos até o momento. Os suspeitos estão detidos temporariamente sob acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Anchieta também informou que dois alvos continuam foragidos, enquanto um foi morto em confronto com a Polícia Militar em Campo Maior, no dia 20 de fevereiro. A vítima foi identificada como Antônio Francisco Bento Araújo e era responsável pelas execuções de homicídios a mando do líder da organização criminosa.

A investigação teve início após a prisão de Laércio Batista Pereira, em outubro do ano passado, no interior de São Paulo. “A Polícia Civil do Piauí conseguiu identificar toda a estrutura responsável pela entrada e circulação de drogas no país, através da rota conhecida como rota caipira”, afirmou a Draco em comunicado.

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