Reafirmando seu compromisso com os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja recebeu em audiência no final da manhã desta segunda-feira o prefeito eleito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD). O governador disse que sua expectativa é a mesma da população, que espera uma administração capaz de resolver os problemas sociais e urbanos da Capital. Nesse objetivo, colocou a estrutura de seu governo para desenvolver projetos integrados com a prefeitura, a partir de janeiro de 2017, visando a recuperação da cidade em setores prioritários, como saúde e infraestrutura.
Azambuja abriu espaço na sua agenda para receber o prefeito eleito, com o qual teve uma primeira conversa em seu gabinete, ao lado do chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, ficando acertado que o Estado manterá diálogo permanente com Marcos Trad e sua equipe de trabalho, nesse período de transição, para pactuar projetos e ações comuns em conjunto, buscando, sempre, a melhoria de qualidade de vida dos campo-grandenses.
“Não partidarizamos o nosso governo e temos obrigação de trabalhar pelos 79 municípios, e não será diferente com Campo Grande”, afirmou o governador, durante entrevista à imprensa, na Governadoria, ao lado do prefeito eleito e do secretário Sérgio de Paula. “Já tinha conversado sobre esse pacto com o Marcos, antes mesmo das eleições, e independentemente do resultado das urnas trabalharíamos juntos pela nossa Capital”.
Maturidade
Marcos Trad também defendeu o fortalecimento das relações institucionais e o compromisso desse diálogo, acentuando que esse comportamento diferenciado de gestores públicos mostra maturidade política e o compromisso com os interesses coletivos.
“Tanto o governador como eu entendemos que somos funcionários públicos de passagem e que a Capital e Mato Grosso do Sul devem ser o nosso objetivo, trabalhando juntos para realizarmos, não tenho dúvidas, uma grande administração a quatro mãos”, destacou o prefeito eleito.
Segundo o governador, havendo diálogo com o novo prefeito “vamos distensionar muito essa relação entre governo e prefeitura, onde o gesto do Marcos (Trad) em nos procurar, um dia após a eleição, já mostra que vamos ter um entendimento permanente para resolvermos os problemas de Campo Grande”. Em seguida, ponderou: “Temos que respeitar as urnas, é do processo democrático, e o que não podemos é ficar divididos, por falta de diálogo do município nos últimos anos”.
Reforçando esse entendimento, o governador realçou que quando gestores públicos se sentam na mesa e dialogam para trabalhar, com a somatória das equipes e projetos, é possível avançar em políticas em favor das pessoas. Citou que tem conversado também com a prefeita eleita de Dourados, Délia Razuk (PR), novos investimentos, e esse tratamento não será diferente com a Capital e os demais municípios. “Temos bons projetos para a Capital e vamos somá-los aos do Marcos (Trad), sempre buscando o melhor para a população”, citou.
Mais empregos
Reinaldo Azambuja lembrou que o Estado executa alguns investimentos na Capital, principalmente em infraestrutura, e acredita que uma aliança de trabalho será fundamental para avançar no desenvolvimento da cidade, citando projetos também nas áreas de saúde e habitação. “A eleição terminou, o prefeito eleito vai preparar a sua equipe de transição e a partir de janeiro vamos ter muito trabalho em comum, como temos feito em todos os municípios”, pontuou.
Azambuja citou algumas obras em execução pelo Estado, como a duplicação da Avenida Euler de Azevedo e a infraestrutura viária no Polo Industrial Miguel Letterriello, que contribuirão para a geração de novos empregos e atração de indústrias. Ao observar que Campo Grande foi uma das cidades que perdeu mais de 34 mil vagas, adiantou que o Estado também implantará acesso e rotatória no Anel Viário para atender o primeiro outlet (mercado de vendas a varejo ao consumidor), que vai gerar 1.500 novos empregos diretos.
Com vereadores
Com relação à regularização de vagas na saúde, sistema que opera toda a rede estadual, o governador explicou que o atual prefeito judicializou o setor, por entender que a operacionalização não deveria ser do Estado, e vai aguardar a decisão judicial para buscar uma solução com a próxima administração municipal. “O importante é ter uma regulação que funcione, com o município cuidando da atenção básica e o Estado criando polos estruturados para descentralizar o atendimento e fortalecer a saúde na Capital”, disse.
Reinaldo Azambuja também anunciou, durante a entrevistas a, que nos próximos dias se reunirá com Marcos Trad, a vice-governadora Rose Modesto e os 15 vereadores eleitos da Capital pela coligação liderada pelo PSDB para alinhavar a parceria e pactuar políticas públicas comuns para a cidade. “A vice-governadora também defende esse diálogo e o mesmo interesse de sentar com os novos gestores do município e trabalharmos juntos. Pensando juntos poderemos fazer mais com muito menos nessa crise”, concluiu.
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