‘O PARAÍSO’: Após o Bolsa Família com 21 milhões de beneficiados, o Auxílio Gás, Farmácia Popular, generalizar o crédito consignado com o FGTS, chegou o Pé-de-Meia. Bondades às custas da carga tributária de 33% do PIB, graças a política paternalista sem porta de saída. Os beneficiados tendem a ficar por toda vida debaixo deste ‘guarda-chuva’.
MÚSICA & IRONIA: “Não foi por falta de aviso/ já estão sentindo na pele/ Estão arrependidos porque fizeram o L/ Agora é tarde demais/ É apenas o começo/ Não adianta chorar/ Vai ter que pagar o preço/ Com o pai da pobreza/ Isso ficou bem claro/Que o alimento da mesa está cada vez mais caro/ O presidente do amor, deu calote no povo/ Quem esperava a picanha/ Não tá comendo nem ovo. ”
CAMISA 9: A tática do governador Tarcísio de Freitas lembra o centroavante raiz, que joga parado lá na frente à espera da bola da vez. Sua tática de negação é auxiliada por vários fatores: seu desempenho nas pesquisas, apoio de entidades poderosas, a fraca pontuação dos nomes do centro-direita e a reprovação do Governo Lula. Na hora agá marcará?
À ESPERA: Ainda é impossível dizer como ficará a configuração do tabuleiro político no Mato Grosso do Sul. Os dirigentes de todas as siglas estão à espera das decisões do comando de Brasília, da definição das coligações e outros fatos que não acontecem da noite para o dia. Também passa pela economia, avaliação do Governo e postura da oposição
MOTIVADOS: Os últimos acontecimentos mostram que os políticos locais do PL, de olho em 2026 não querem perder espaço. Além das manifestações em entrevistas, da postura legislativa, já se preparam para atos ‘pró-Bolsonaro’ programados para o Rio de Janeiro (16 de março) e em São Paulo (7 de abril). Pessoal promete chegar junto.
OPINIÃO: O custo das eleições de 2026 para a Câmara Federal deverá ser estratosférico. Observadores tem como argumento as altas cifras das emendas que passam pelos cacifados parlamentares, que devem fazer a diferença na montagem das estruturas de campanha. Já se pode dizer que serão vitórias ‘por una cabeza’.
ATENÇÃO: O eleitor ainda não atentou sobre as consequências da ‘federação partidária’. Ela permite que as siglas atuem de forma unificada, por um período mínimo de 4 anos, como um teste para a fusão ou incorporação. Com isso compartilham o fundo partidário, tempo na TV e rádio, além das prerrogativas parlamentares.
BENEFÍCIOS: Válida para as eleições majoritárias e proporcionais, ela acaba com a pratica de votar num candidato e eleger outro de sigla e ideologia diferente. Garante o pluralismo sem extinguir partidos – e mais: as siglas nanicas poderão sobreviver livres das cláusulas de barreiras. Detalhe: se o partido deixar a federação perderá o ‘fundo partidário’.
ALERTA: De olho na grana do ‘Fundão’ os partidos estudam saída para driblar a tal clausula de barreira e eleger maior número de deputados federais. As regras da clausula exigem para 2026 nada menos que 2,5% dos votos válidos e a eleição de 13 deputados federais no mínimo. Para 2030 o índice mínimo sobe para 3,00% dos votos e a eleição de 15 federais.
COMPLICADO: Em 2022 só 12 das 28 siglas e federações conseguiram atender essas exigências. E tem mais: os votos deverão estar distribuídos em pelo menos 1/3 dos estados, com mínimo de 1,5% em cada um desses, ou a sigla deverá eleger ao menos 13 deputados federais em 9 estados (1/3), levando-se em conta os 26 estados e o DF.
AVISANDO: O desafio para o partido (ou federação) montar chapas para as eleições às Assembleias e Câmara: No caso de MS, com 24 vagas, serão obrigatórias 25 candidatos, dos quais um terço só de mulheres. Para a Câmara (8 cadeiras) deverão ser 9 candidatos, com reserva de um terço das vagas exclusivamente para as mulheres.
A VAGA: Nos bastidores do PP já existe um movimento reivindicatório para substituir Luiz Ovando na Câmara Federal. Aos 75 anos, ele não estaria disposto a enfrentar mais uma maratona eleitoral e as incansáveis viagens Campo Grande/Brasília. Comenta-se que a vice-prefeita Camila Nascimento seria uma pretendente a vaga. Eu disse seria.
MÁSCARA: Para o cientista político Sidney Jard, embora o país seja um país formalmente presidencialista, na prática, caminha para o semipresidencialista, no qual em última instância é o Congresso que define quem governa, como governa e até quando governa. Exemplos ocorridos nos Governo Collor (direita) e Dilma (esquerda)
VANTAGEM: Apesar de aprovado pela Câmara lá em 2023, o aumento salarial da prefeita Adriane Lopes (PP) não vingou na justiça. O TJ-MS entendeu ser ilegal pelo fato dos gastos prefeiturais com o pessoal ter chegado a 52,19% da receita, enquanto o limite fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 51,3%. Politicamente foi uma vitória da prefeita.
NOS BASTIDORES: Questiona-se como será o fatiamento do poder no PL com a chegada de Reinaldo Azambuja. Qual será o papel da senadora Tereza Cristina, da prefeita Adriane. Haverá talheres para todos na mesa do poder? Fala-se inclusive que o ex-governador Reinaldo poderia rever seus planos partidários. Tudo pode acontecer.
REFLEXOS: Positivos ou negativos atingem os personagens do cenário. Até que ponto a sucessão presidencial influenciará aqui? Como estará a avaliação da prefeita Adriane daqui um ano? Poderemos ter operações do Gaeco implicando políticos? Tudo isso é preciso levar em conta dentro deste funil que antecede as eleições de 2026.
FADIGA: Ela chega pedindo mudanças. Foi assim que Luiza Erundina derrotou Paulo Maluf em São Paulo; Ângelo Guerreiro venceu o grupo do ex-senador Ramez em Três Lagoas; Junior Mochi ganhou de Leite Schimdt em Coxim, Bernal derrotou o grupo de Puccinelli, Ari Artuzzi venceu Murilo Zauith em Dourados. É bom se prevenir contra ela.
LEGADO: Ex-senador Pedro Chaves demonstra mais uma vez cumplicidade com a cultura. Com 8 mil metros quadrados de construção, de uma arquitetura de encher os olhos, inaugura neste final de mês a Faculdade Insted (Graduação/Pós-Graduação) que funcionará em 3 horários. Gente do porte de Chaves nos enche de orgulho.
CORINGA: Fiel escudeiro do ex-governador Reinando e elemento de proa do PSDB, Sérgio de Paula ficou pouco tempo no sereno. Após passagem pela chefia do Escritório de Representação do Estado em Brasília, é prestigiado com o cargo de assessor especial da presidência da Sanesul. Mas seu projeto é voar em direção ao Tribunal de Contas. Isso se chama política.
‘MEU PAÍS’: “Se nesta terra tudo o que se planta dá/Que é que há, meu pais? / Que é que há? /Tem alguém colhendo o fruto/ Sem saber o que é plantar/ Tá faltando consciência, tá sobrando paciência/Tá faltando alguém gritar/ Feito um trem desgovernado, quem trabalha tá ferrado/ Nas mãos de quem só engana/ Feito um mal que não tem cura/estão levando à loucura o país que a gente ama.” (Zezé di Camargo e Luciano)
PILULAS DIGITAIS:
Não ganhou a mãe, não ganhou a filha, ganhou a ‘Nora’. (internet)
Eu já perdi contato com algumas pessoas que eu costumava ser. (Joan Didion)
Cultura não deve ter lado. (Carlos Portinho – líder do PL no Senado)
Quem sabe pouco tem alegria mais simples. ( Luiz Felipe Pondé)
Uns, foro privilegiado. Outros, foro enganado. (internet)
O Brasil não perde uma oportunidade de perder oportunidade. (Roberto Campos)
O cara de extrema-esquerda já está um pouco na direita. (A reciproca não é verdadeira) (Millôr)