Paciente de 86 anos em Ponta Porã descobre feto mumificado em seu útero após 56 anos

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Um caso raro surpreendeu a equipe médica do Hospital Regional de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Uma paciente de 86 anos, que foi internada devido a dores abdominais, descobriu que carregava em seu útero um feto mumificado há cinco décadas. Após uma cirurgia para a remoção da “massa abdominal”, ela foi transferida para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde veio a falecer dias depois.

O feto, em estado de mumificação, suspeita-se que estivesse presente no útero da paciente há pelo menos 56 anos, desde o seu último parto. Situações como essa são raras, e geralmente ocorrem em gestações de um ou mais fetos, onde um deles morre e é reabsorvido pelo organismo materno.

O diagnóstico desse caso específico foi feito através de uma tomografia computadorizada em 3D, revelando a presença do feto calcificado. Inicialmente, a equipe médica suspeitou de câncer, porém, a descoberta do feto foi uma surpresa.

De acordo com o secretário de Saúde de Ponta Porã, Patrick Derzi, o médico responsável pelo caso teve autorização da família da paciente para publicar um artigo científico sobre o feto mumificado. Detalhes sobre a cirurgia, tempo de duração e a causa do óbito da paciente não foram informados pelo secretário.

A Síndrome do Gêmeo Desaparecido, que pode resultar na formação de um feto papiráceo, é mais comum do que se pensa, afetando cerca de metade das gestações gemelares. Quando apenas um dos fetos chega ao fim, pode ocorrer a formação do feto papiráceo, como neste caso.

Esse incidente destaca a importância da medicina diagnóstica avançada e também serve como um lembrete dos mistérios que podem se esconder no corpo humano por décadas. A família da paciente autorizou a publicação de um artigo científico sobre o caso, permitindo que a comunidade médica possa aprender e compreender melhor essa rara condição.

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