Um homem condenado em 1992 por estupro de uma mulher idosa foi libertado em Springfield, Ohio, nos Estados Unidos. George Perrot, atualmente com 48 anos de idade, estava preso desde 1985. A condenação teve por base a análise de um único fio de cabelo encontrado na cena do crime e uma confissão obtida após um interrogatório de 12 horas de duração, sem a presença de advogado.
Durante todo o tempo em que permaneceu preso, Perrot afirmou sua inocência. A vítima, hoje já falecida, jamais o identificou como o agressor e insistiu ser um homem de rosto liso. Perrot, por outro lado, tinha barba.
Embora o FBI tenha insistido que o fio cabelo na cena do crime pertencia a Perrot, a análise microscópica realizada pelo departamento apresentou, nos últimos anos, um histórico de erros e imprecisões. O próprio FBI chegou a reconhecer, em posterior declaração pública, que o resultado do teste era inconclusivo.
Em posse da informação, Perrot apelou para a Corte Superior. Ao analisar o caso, o magistrado Robert Kane anulou a condenação entendendo que não havia provas suficientes para manter a prisão.
Perrot foi representada pela advogada Kirsten Mayer e pelo The Innocence Project.
“Há tão poucos momentos na vida em que temos uma oportunidade de corrigir uma grande injustiça. Nós nos sentimos privilegiados de ter a chance de ajudar o Sr. Perrot”, relatou a advogada Kirsten Mayer.
Ciências Criminais/The Boston Globe