Os projetos sociais da Polícia Militar foram apresentados para a população de Jardim, durante a passagem da Caravana da Saúde no município, onde foram realizados quase 6 mil atendimentos.
No Complexo montado no bairro Angélica I, usuários e visitantes tiveram contato direto com a Polícia Comunitária, filosofia que tem por objetivo aproximar polícia e comunidade, para que juntas identifiquem as prioridades e trabalhem para solucionar problemas de segurança pública, como crimes, uso de drogas e desordens sociais.
Também foi apresentado à população de Jardim o trabalho realizado pela PM através do Programa Educacional de Resistência ao Uso de Drogas (Proerd) e do Projeto Florestinha, que no contraturno escolar atende crianças e adolescentes socialmente vulneráveis, com atividades de educação ambiental, reforço escolar e cidadania, ensinamentos que são repassados através da disciplina militar.
A dona de casa Lurdes Albuquerque levou o filho Breno Albuquerque, 11 anos na Caravana da Saúde de Jardim, exclusivamente para conhecer o Projeto Florestinha. “Eu vim mostrar pra ele onde o Rodrigo (irmão de Breno) estudou cinco anos, para ser um cidadão de bem, hoje meu filho tem 19 anos, é um cidadão de bem e tem uma profissão”, explica a dona de casa que tem orgulho do filho que é mecânico de automação.
Para mostrar um pouco do trabalho realizado, os responsáveis pelo Florestinha montaram no Complexo da Caravana da Saúde um mini museu de animais empalhados, onde os próprios alunos do Projeto repassaram orientações sobre as atividades realizadas e de educação ambiental. “O Florestinha foi implantado em Jardim há dez anos e hoje contamos com 60 alunos e queremos que a comunidade conheça esse trabalho”, enfatiza o cabo Nisroque Soares, coordenador do Projeto.
Sobre o Projeto Florestinha
O Projeto Florestinha é uma ação social e ambiental da Polícia Militar Ambiental, que trabalha com crianças e adolescentes carentes de 7 a 15 anos, que são tirados das ruas e passam a ter chances maiores de terem uma profissão e serem cidadãos com consciência ambiental. O projeto iniciou em 23 de novembro de 1992 em Campo Grande, com 50 crianças, na reserva ambiental de 180 hectares da Matas do Segruedo, no bairro Jardim Presidente.
O projeto visa, entre outras coisas, a enfrentamento dos problemas da marginalidade e criminalidade. A proposta é não deixar que os atendidos pelo projeto venham a fazer parte das estatísticas criminais. A educação, desenvolvimento artístico e cultural e recreação oferecidos aos assistidos constituem as bases do projeto que, além de socialibilidade entre eles, cria também o significado de hierarquia militar e respeito ao próximo.
As crianças utilizam o mesmo fardamento dos policiais militares ambientais, inclusive, em alguns dos projetos são instituídas as promoções como na carreira militar (de Soldado a Coronel), tendo como critérios principais para alcançá-las, as notas escolares, comportamento e antiguidade no Projeto. As promoções são importantes para a autodisciplina. Ou seja, um Oficial não fará nenhuma coisa errada próximo de um patrulheiro de posto inferior.
Desde o ano de 2001, as crianças desenvolvem nas escolas públicas e privadas atividades de Educação Ambiental, por meio do teatro de fantoches, além de se apresentarem nos mais diversos locais do Estado de Mato Grosso do Sul. Atualmente estão sendo atendidas 500 crianças em seis municípios.
Sejusp
