OAB tem papel crucial no afastamento de Cunha, Delcídio e impeachment de Dilma

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O posicionamento da mais influente entidade da advocacia sobre o agravamento da crise política no país vem sendo discutido constantemente nos últimos dias. A Ordem dos Advogados do Brasil tem assumido papel importante diante os escândalos de corrupção no governo federal e cobrado solução do Judiciário frente à revelação das novas informações divulgadas pela mídia.

Em três sessões, a OAB pediu o afastamento de Cunha, do senador Delcídio do Amaral e decidiu apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão tem um grande significado simbólico, diante do papel que a OAB teve no impeachment de Fernando Collor.

Desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, começou a ser investigado pela Procuradoria Geral da República por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, o Conselho Federal da OAB decidiu pedir o afastamento do deputado do cargo.

A deliberação do Conselho não foi diferente para o senador Delcídio do Amaral, desde a sua prisão preventiva em novembro do ano passado. Delcídio foi acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. A OAB protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um requerimento buscando informações sobre a delação premiada do senador.

Na última sexta-feira (18), a OAB decidiu apoiar a instauração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso. A maioria das bancadas estaduais da entidade aprovou relatório que aponta suposto crime de responsabilidade pela petista no atual mandato.

O Conselho Federal é formado por 81 advogados, três de cada Estado e do Distrito Federal. A OAB tem se destacado ao longo de sua história por seu papel decisivo em questões cruciais do país, como no impeachment de Fernando Collor, em 1992.

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