Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizaram uma operação em Campo Grande e Camapuã, nesta segunda-feira (10), para cumprir um mandado de prisão e quatro de busca e apreensão. A ação investiga o desvio de R$ 8.066.745,25 de verbas destinadas à saúde na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A Operação Occulto, segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), visa combater a tentativa de obstrução da Justiça por um dos investigados, que tentou se desfazer de patrimônio de R$ 500 mil para evitar o bloqueio dos bens. As investigações, iniciadas em 2021, revelaram que o então coordenador da Apae, junto com empresários e agentes públicos, utilizava empresas de fachada para simular vendas à rede pública de saúde.
O esquema desviou mais de R$ 8 milhões repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para o tratamento de pacientes ostomizados, com câncer de intestino, através da Apae. As investigações apontaram que os suspeitos continuaram lavando dinheiro para ocultar os valores ilícitos obtidos com as fraudes.
O ex-coordenador da Apae, Paulo Henrique Muleta, também é investigado por ter solicitado cidadania italiana, com indícios de que planejava deixar o país.