O ator Wagner Moura, de 39 anos, afirma, em matéria escrita à Folha de S. Paulo, que não nega que o PT tenha montado um projeto amparado em um esquema de corrupção e que isto deva ser investigado dentro das leis de um país democrático e imparcial. Porém destaca que o Brasil vive um ódio cego contra um governo que deu oportunidades nunca vistas antes aos pobres.
“O que está em andamento no Brasil hoje é uma tentativa revanchista de antecipar 2018 e derrubar na marra, via Judiciário politizado, um governo eleito por 54 milhões de votos. Um golpe clássico”, escreve ele.
O ator aponta que a economia está parada e que não há mais dinheiro para sustentar projetos sociais, e que “ninguém é mais responsável por esse cenário do que o próprio governo”.
Em relação as investigações da Lava Jato, Moura afirma vivemos um “Estado policialesco” e que “Sergio Moro é um juiz que age como promotor. As investigações evidenciam atropelos aos direitos consagrados da privacidade e da presunção de inocência. São prisões midiáticas, condenações prévias, linchamentos públicos, interceptações telefônicas questionáveis e vazamentos de informações seletivas para uma imprensa controlada por cinco famílias que nunca toleraram a ascensão de Lula”.
O famoso cita ainda o impeachment e as razões pelas quais ele está sendo reivindicado, ou seja, através de pedaladas fiscais e não sobre escândalos na Petrobras. “Um impeachment sem crime de responsabilidade provado contra a presidente é inconstitucional” diz ele.
“Um pedido de impeachment aceito por um político como Eduardo Cunha, que o fez não por dever de consciência, mas por puro revide político, é teatro do absurdo”, termina ele.
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