Vizinha relata sinais de maus-tratos em bebê morto na UPA de Campo Grande; pais não estavam presentes

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A morte do bebê de 10 meses que chegou sem vida à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, em Campo Grande, na madrugada desta segunda-feira (14), ganha contornos ainda mais chocantes com o relato de uma vizinha. Segundo a testemunha, a criança apresentava sinais de violência, como uma mordida no braço, uma costela quebrada e um ferimento no rosto.

Em entrevista ao TopMídiaNews, a vizinha, que não quis se identificar, afirmou que as três crianças da família – duas meninas e um menino, incluindo o bebê falecido – viviam em condições de vulnerabilidade com os pais, que seriam usuários de drogas, no bairro Tijuca.

A moradora relatou que o casal se mudou para a região há cerca de três meses com os filhos. Ela descreveu as crianças como desleixadas, chegando a passar dias com a mesma roupa e brincando sozinhas na rua.

Na madrugada desta segunda-feira, a vizinha presenciou o momento em que os pais acionaram o Corpo de Bombeiros. Segundo seu relato, o bebê já apresentava os ferimentos – costela quebrada, mordida no braço e ferimento no rosto –, informações que ainda não foram confirmadas oficialmente pela polícia.

A testemunha detalhou ainda que, após a remoção do bebê, entrou na residência da família e se deparou com uma situação insalubre. “Entrei e quase sai de lá vomitando”, descreveu sobre as condições do local.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) confirmou o atendimento do bebê, esclarecendo em nota que a vítima de 10 meses chegou à UPA Universitária já em óbito, sendo a ocorrência registrada nesta segunda-feira após o encaminhamento pelo Corpo de Bombeiros Militar. Um ponto que chama a atenção é que a criança estava desacompanhada dos pais ou de qualquer responsável legal.

“O corpo foi recolhido pela funerária responsável. A Sesau lamenta o ocorrido e destaca que demais informações devem ser feita às autoridades policiais”, finaliza a nota da secretaria.

A Polícia Civil já está investigando o caso para apurar as circunstâncias da morte e confirmar ou descartar a suspeita de maus-tratos. O depoimento da vizinha e os exames periciais serão cruciais para o andamento da investigação.

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