Na primeira sessão legislativa após o recesso, a vereadora Raquel Brik apresentou um requerimento em regime de urgência especial na Câmara Municipal de Corumbá. A solicitação busca a presença do secretário de infraestrutura e obras, Ricardo Ametla, para prestar esclarecimentos acerca da contratação de uma empresa no valor de R$ 2,9 milhões para serviços de consultoria na elaboração do projeto Reviva Corumbá. O requerimento foi apresentado em função da preocupação da vereadora com o montante significativo destinado a essa contratação.
A vereadora destacou que a contratação da empresa foi publicada no Diário Oficial no dia 24 de julho do presente ano. Raquel Brik ressaltou também a postura anterior do secretário Ametla em não comparecer ao legislativo quando convidado para detalhar a contratação da empresa responsável pelo estudo para criação da taxa de lixo. Diante de outra contratação de grande porte, a vereadora optou por fazer a convocação do secretário de forma mais pontual, através do requerimento, visando à transparência e ao uso responsável dos recursos públicos.
Durante a sessão, o vereador Chicão Viana, coautor do requerimento, apontou uma situação que evidencia a prioridade questionável dos gastos públicos. Ele mencionou que o município de Corumbá atualmente precisa emprestar ambulâncias de Ladário para transportar pacientes até Campo Grande. Nesse contexto, o vereador expressou sua preocupação com a alocação de mais de dois milhões de reais em uma consultoria, enquanto demandas essenciais como a saúde pública não são devidamente atendidas.
A vereadora Raquel Brik manifestou sua preocupação com a reação de alguns vereadores à aprovação do requerimento. Ela destacou que Alex Della, Manoel, Roberto Façanha, Genilson e Daniel votaram contra a convocação do secretário, argumentando que sua presença não seria necessária para discutir um gasto tão substancial em uma consultoria. Raquel Brik enfatizou que, na sua avaliação, é responsabilidade dos vereadores exigir a presença do secretário para prestar esclarecimentos sobre o uso dos recursos públicos. A votação resultou em 3 votos (Raquel, Chicão e Nelsinho Dib) a favor, 6 contra o requerimento, com a vereadora concluindo que a recusa em aprovar o requerimento levanta questionamentos sobre a transparência e a prestação de contas do poder público local.