O vereador Claudinho Serra (PSDB) de Campo Grande, após passar 23 dias detido sob acusações de liderar um suposto esquema de corrupção envolvendo recursos da prefeitura de Sidrolândia, terá sua liberdade provisória condicionada a medidas cautelares rigorosas. A decisão foi proferida pelo desembargador José Ale Ahmad Netto, da 2ª Câmara Criminal de Campo Grande, na última sexta-feira (26), aceitando o pedido de habeas corpus.
Entre as medidas impostas, Claudinho Serra será monitorado por uma tornozeleira eletrônica durante seis meses. Além disso, ele estará sujeito a permanecer em casa todas as noites, inclusive aos fins de semana e feriados, das 20h às 6h. O vereador também deverá comparecer mensalmente em juízo para comprovar seu endereço atual e suas atividades.
Outras restrições incluem a proibição de frequentar bares, restaurantes ou locais com aglomeração de pessoas, bem como o consumo de bebidas alcoólicas. Serra não poderá se aproximar das testemunhas do caso e está proibido de se ausentar de Campo Grande sem autorização judicial prévia. O desembargador destacou que o vereador possui bons antecedentes e não há indícios de que irá fugir.
A decisão do desembargador ressalta que, embora a prisão preventiva estivesse fundamentada, os elementos apresentados até o momento não são suficientemente fortes para justificar a manutenção da detenção, o que evidencia os requisitos para a obtenção da liberdade provisória com imposição de medidas cautelares alternativas.
Claudinho Serra é acusado de participar de um esquema de desvio de recursos da prefeitura de Sidrolândia, onde sua sogra, Vanda Camilo (PP), atua como prefeita. O processo, que tem outras 21 pessoas como réus, segue em investigação pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).
