O traficante Caio Vinícius Fogaça das Neves, 38 anos, foi capturado em operação policial na Bolívia após fugir das autoridades brasileiras desde 17 de janeiro. Além de enfrentar acusações relacionadas ao tráfico de drogas, Caio é apontado como assassino vinculado a uma facção criminosa na Bahia, sendo responsável por pelo menos oito execuções em Guanambi.
A residência do traficante, onde vivia com a esposa e uma filha de sete meses, foi alvo de uma operação do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) no dia 17 deste mês, localizada na Rua Pindaré, Jardim Colúmbia, em Campo Grande. Ao perceber a presença policial através das câmeras de segurança, Caio evadiu-se do local. A esposa, Naiara dos Santos Silva, 24 anos, foi detida na ocasião, e uma busca na residência resultou na apreensão de R$ 700 mil em cocaína e uma prensa mecânica.
Naiara, solta com tornozeleira eletrônica em 2 de fevereiro, teve a bebê entregue ao Conselho Tutelar. Caio, cuja prisão preventiva foi decretada no mesmo dia da soltura da esposa, foi localizado em Santa Cruz, na Bolívia, conforme informado no dia 3 de fevereiro. Relatórios oficiais de Mato Grosso do Sul categorizam Caio como “extremamente perigoso” e membro do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Fogaça é conhecido por sua participação em uma facção criminosa liderada por Aldo Berto Castro, o “Delton”, na Bahia, onde é suspeito de cometer crimes brutais entre 2015 e 2017. Ele também é reconhecido por fugir da prisão em duas ocasiões, sendo capturado em Ponta Porã em junho de 2018. Em Guanambi, sua ficha criminal inclui três mandados de prisão em aberto, sendo considerado altamente perigoso, associado a homicídios motivados pelo tráfico de drogas.