Trabalhadores da construção civil interromperam suas atividades em uma obra na Rua Itaquiraí, na Vila Antônio Vendas, em Campo Grande, na manhã de sexta-feira (19), em busca de melhorias salariais. A renegociação salarial da categoria tem como referência o mês de março.
De acordo com José Abelha, presidente do Sintracom-CG (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Campo Grande), a capital conta com aproximadamente 30 mil profissionais da área, sendo que 75% deles estão sob o regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “O estado enfrenta uma escassez de mão de obra, levando muitos trabalhadores a virem de outras partes do Brasil. Propor um reajuste salarial que apenas repõe a inflação é inaceitável. A oferta dos empregadores foi de 3,86%, equivalente ao índice do INPC. No país, quase 80% dos acordos salariais em diversas categorias estão sendo feitos com aumentos acima da inflação, ou seja, com acréscimo real nos salários.”
No local de trabalho da empresa Plaenge, onde os operários se reuniram, foram exibidas faixas reivindicando aumento no vale-alimentação, inclusão do 13º no vale-alimentação, auxílio-saúde e reajuste salarial com ganho real.
Em comunicado, o Grupo Plaenge destacou que valoriza o diálogo construtivo com os sindicatos. “O Sintracom-CG esteve presente em uma de nossas obras para manter os trabalhadores informados sobre as negociações do dissídio coletivo da categoria, que estão sendo gerenciadas pelo Sinduscon-MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul).”