Nesta quarta-feira (24), o mundo da música recebeu uma triste notícia: a cantora, atriz e dançarina Tina Turner, cujo nome verdadeiro era Anna Mae Bullock, faleceu aos 83 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada. A informação sobre o falecimento da artista foi confirmada em sua conta oficial no Instagram.
“Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhares de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas de amanhã. Hoje nos despedimos de uma querida amiga, que nos deixou seu maior legado: sua música”, escreveram em comunicado.
Tina Turner foi dona de uma voz potente e única, além de um estilo de música e performance inconfundíveis. Ela fez história na música internacional, tendo vendido quase 200 milhões de discos e ganhado 12 prêmios Grammy. Conhecida como a rainha do rock n’ roll, ela deixou sua marca com sucessos como “Private Dancer”, “We Don’t Need Another Hero”, “Typical Male”, “The Best”, “I Don’t Wanna Fight” e “Golden Eye”.
Além de sua carreira musical de sucesso, Tina Turner também se destacou pela sua forma única de se vestir e se apresentar no palco. Seu impacto foi além da música, com incursões na moda e no cinema. Ela atuou em diversos filmes, incluindo o icônico “Mad Max: Além da Cúpula do Trovão”.
Em 1988, Tina Turner realizou um histórico show no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, que atraiu mais de 188 mil pessoas. Esse evento entrou para o Livro dos Recordes como o maior público para um show de um artista solo.
Recentemente, no dia 6 de maio, o Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, inaugurou uma exposição fotográfica em homenagem à artista. Intitulada “Tina Turner: uma viagem para o futuro”, a mostra estará em exibição até o dia 9 de julho.
Tina Turner nasceu em 26 de novembro de 1939, na cidade de Brownsville, nos Estados Unidos. Ela cresceu em uma família pobre e foi abandonada pelos pais aos 15 anos. Para sobreviver, trabalhou como empregada doméstica e começou a cantar em boates.
Foi assim que ela conheceu o músico Ike Turner. Inicialmente, ela se tornou backing vocal da banda dele e, rapidamente, assumiu o papel de vocalista principal. Ike e Tina se casaram em 1962, e ela adotou o nome artístico. No entanto, o relacionamento foi marcado por abusos e violência doméstica, com Ike culpando Tina por sua própria decadência na carreira.
Após anos de sofrimento, em 1976, Tina finalmente conseguiu escapar desse ambiente tóxico, fugindo com apenas 36 centavos e um cartão de crédito no bolso. Durante o divórcio, dois anos depois, ela assumiu a responsabilidade por datas de shows perdidas durante o processo e, para manter seu nome artístico, entregou a Ike todo o patrimônio, incluindo parte do estúdio de gravação, editoras e imóveis.
Determinada a recomeçar, Tina Turner enfrentou dificuldades financeiras, tocando em pequenos clubes e recebendo vale-refeição durante quase dois anos. Com a ajuda de amigos, como David Bowie, ela reconstruiu sua carreira e conquistou diversos prêmios Grammy, o mais prestigioso da indústria fonográfica.
O ex-marido Ike Turner faleceu em 2007 devido a uma overdose de cocaína. Em 2013, Tina Turner se naturalizou suíça e oficializou seu segundo casamento em uma cerimônia budista com o produtor e empresário alemão Erwin Bach. O casal se conheceu em 1986, quando a gravadora de Tina enviou Erwin para recebê-la no aeroporto.
A vida de Tina Turner é realmente digna de um filme, o que, aliás, ela protagonizou em diversas ocasiões. Além de sua carreira musical, ela atuou em sete longas-metragens, incluindo “Mad Max: Além da Cúpula do Trovão”, de 1985. Seu visual marcante nesse filme influenciou artistas como Gaby Amarantos, que, no início de sua carreira, adotou um estilo com muito brilho, cabelo volumoso, saltos altos e maquiagem poderosa.
A morte de Tina Turner aos 83 anos foi confirmada por seu assessor nesta quarta-feira. Embora a causa não tenha sido divulgada, o comunicado informou que ela faleceu em paz após uma longa doença. O legado de Tina Turner na música e no entretenimento será lembrado e celebrado por gerações.