Tesoureiro de igreja em Campo Grande simulava doações para desviar R$ 467 mil

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Um tesoureiro que trabalhou por três anos em uma igreja adventista em Campo Grande foi acusado de desviar mais de R$ 467 mil em dízimos e doações. O Ministério Público Estadual classificou o crime como um elaborado esquema de desvio, já que o tesoureiro emitia recibos falsos para simular doações aos doadores da igreja e não lançava dados de receitas no caixa da instituição.

Os desvios foram descobertos após um dos fiéis questionar o assistente administrativo sobre o motivo de não ter recebido o seu recibo de doação e, a partir dessa desconfiança, foram buscados os recibos, descobrindo-se os desvios. A defesa do tesoureiro afirmou que os valores supostamente desviados teriam sido empregados na obra do prédio da igreja, que passava por reforma.

O tesoureiro confessou os desvios, mas disse que destinava o valor para uso da própria igreja e que encontrou facilidades no sistema para cometer o crime. Os desvios ocorreram de setembro de 2018 a abril de 2019 e o tesoureiro chegou a afirmar que poderia devolver o valor de pouco mais de R$ 241 mil em 285 parcelas, mas que não devolveria a totalidade por ter usado boa parte do dinheiro na igreja.

Uma audiência foi marcada para o dia 16 de maio de 2023 para ouvir testemunhas no processo que tramita no Judiciário contra o tesoureiro. Envelopes não devolvidos e cheques desviados também foram encontrados e a situação foi relatada ao pastor da igreja.

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