O policial civil investigado por suposto estupro contra uma mulher durante a noite de sábado em Campo Grande teve sua arma de fogo permanentemente suspensa nesta segunda-feira. Anteriormente, a restrição limitava o uso da arma apenas durante o expediente de serviço, mas o Poder Judiciário, na manhã desta segunda-feira, determinou a suspensão definitiva, conforme informado em nota pela Polícia Civil à imprensa.
“Agora, foi determinado que o porte de arma de fogo do policial foi permanentemente suspenso, tanto no ambiente de trabalho como fora dele. A decisão já foi cumprida. Inclusive as medidas protetivas de urgência já estão em vigor”, destaca a nota.
O caso está sob investigação da Corregedoria-Geral da Polícia Civil para apurar a possibilidade de afastamento ou não do policial. A Polícia Civil ressalta que o servidor não está lotado na DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil) e repudia veementemente qualquer ato criminoso ou desvio por parte de seus membros.
O crime, registrado pela Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) às 1h52 deste domingo, envolve um relacionamento de uma semana entre o suspeito e a vítima. Durante a noite, o policial teria apontado a arma para a cabeça da mulher, cometendo o estupro. A vítima conseguiu escapar, procurando socorro no quartel do Corpo de Bombeiros da Avenida Costa e Silva às 21h42.
Após o atendimento à vítima, o autor se apresentou no quartel e posteriormente fugiu. A mulher, que apresentava lesões, mordidas no pescoço e arranhões no braço, foi encaminhada para a UPA Universitário e, em seguida, para a delegacia, onde foram solicitadas e deferidas medidas protetivas e cautelares em favor da vítima.