Lucas Henrique Souza dos Anjos, de 21 anos, também conhecido como ‘LK’, foi capturado na tarde de hoje (20) em uma pensão na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande. As autoridades policiais afirmaram que ele é apontado como o autor dos disparos que tirou a vida de Gabriela Oliveira, de 18 anos, no último dia 10, no bairro Jardim Botafogo, região sul da Capital.
A operação, coordenada pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), contou com a participação da delegada Analu Ferraz, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), que localizou ‘LK’ escondido na pensão. Detalhes específicos sobre a prisão não foram divulgados pela Polícia Civil.
Conforme informações passadas a imprensa durante coletiva na manhã de hoje (20), Lucas Henrique tinha um mandado de prisão em aberto e foi procurado pela polícia por 10 dias, suspeito de estar envolvido na morte de uma jovem de 18 anos no dia 10 deste mês. Outro envolvido no homicídio, identificado como Anderson, conhecido como “Maconha”, foi detido no último fim de semana. Ele era o condutor da motocicleta que transportava Lucas Henrique, o “LK”, responsável pelos disparos contra Gabriela enquanto ela pegava carona para deixar o bairro onde residia.
Nesta manhã (20), as delegadas Elaine Benicasa e Analu Ferraz, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), conduziram as investigações que culminou coma prisão dos envolvidos.
Conforme Benicasa, a vítima tinha um relacionamento amoroso com ambos os suspeitos. Na madrugada do dia 10, por volta das 2 horas, ela teria revelado seu envolvimento com Maconha à sua atual namorada, chamada Jéssica, provocando a “ira” do rapaz.
Este, por sua vez, convocou seu comparsa, LK, para se dirigir à residência de Gabriela. Ao chegar ao local, agrediram a vítima, que procuraram ajuda da polícia.
“Ó, o Maconha e o LK me bateram por conta disso, aí eu chamei a polícia e eles correram. Mas eu acho que eles estão putos comigo, eu vou ter que sair daqui”, afirmou Gabriela de Oliveira Belentani em um aplicativo de mensagens horas antes de seu falecimento.
Os dois homens retornaram às 19h do mesmo dia, momento em que Gabriela estava saindo do bairro em um carro conduzido por um vizinho, quando a moto ocupada pelos envolvidos se aproximou e os disparos que tirou a vida da jovem foram efetuados.
“Se a mulher foi agredida, ela tem que pedir socorro. Ela tem que acionar. Para chegar no feminicídio é muito imprevisível; você não tem como esperar ou não pedir ajuda”, afirmou Analu Ferraz.
As delegadas analisaram que Gabriela agiu de maneira correta ao solicitar ajuda quando foi vítima das agressões.
“Ela agiu corretamente, né? Ela pegou e chamou a polícia. A polícia militar compareceu ao local, tanto que ambos fugiram. Mas, infelizmente, retornaram e acabaram tirando a vida dela. É realmente algo imprevisível. A gente tenta, com os acionamentos corretos, evitar o máximo possível, mas muitas vezes, infelizmente, é decisivo”, avaliou Benicasa.