Surto respiratório e dengue: provoca superlotação nas unidades de saúde e crianças são as principais vítimas

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Mato Grosso do Sul tem 1.360 pacientes hospitalizados em decorrência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), são 170 a mais que há uma semana. As crianças seguem sendo as mais afetadas, representando 50% dos casos entre zero e 9 anos de idade.

De acordo com a Sesau, nos últimos 15 dias, houve aumento de 30% na demanda por atendimento nos postos de saúde de Campo Grande. A volta das aulas é o que explica o pico nos atendimentos.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde de Campo Grande, Veruska Lahdo, somente na semana passada, 53 crianças de zero a nove anos estavam internadas em decorrência da SRAG. Várias outras crianças aguardam em UPAs por uma vaga em hospital.

A superlotação, com horas e horas de espera, se tornou rotina em unidades de saúde pública da capital. o mesmo cenário se vê em hospitais particulares que também vivem dias de superlotação principalmente na ala pediátrica.

Dengue é outra preocupação

Já em relação ao caso da criança que morreu por dengue, de acordo com o hospital, a criança chegou no início da tarde da quarta em estado gravíssimo, após ser levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). 

Devido à lotação do hospital, a equipe remanejou uma outra criança para receber a de 3 anos que estava na área vermelha, com suspeita de dengue. “Em poucos minutos evoluiu para parada cardíaca e hemorragia pelo tubo, não respondendo às manobras de reanimação”, informou o HU. 

Uma amostra de sangue foi colhida para a pesquisa de doenças, mas os exames ainda não estão prontos e não foi confirmada a causa da morte, informou o hospital. O corpo da criança foi levado para o Serviço de Verificação de Óbito do município.

O que é a dengue hemorrágica?

A dengue hemorrágica, também conhecida como dengue grave, ocorre quando há complicações relacionadas à infecção do vírus da dengue, especialmente associadas a fenômenos hemorrágicos como os sangramentos.

De acordo com o infectologista do HU, Alexandre Bertucci, os sinais aparecem comumente após o período em que não há mais febre, entre o 3º e 7º dia da doença.

“Os principais sintomas da dengue grave são dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos importantes de pele ou mucosas como as gengivas, sonolência excessiva, redução da quantidade de produção de urina, sensação de desmaio e baixo valor de pressão arterial”, explica o médico.

A orientação é que as pessoas com suspeita de dengue procurem o atendimento médico imediatamente para a avaliação e classificação do risco de gravidade. “Atualmente não existe tratamento específico para a dengue. Ele é baseado no controle dos sintomas e na hidratação que deve ser vigorosa, podendo ser realizada por meio da ingestão de líquidos ou aplicação de soros pela via venosa”, orienta o infectologista.

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