Duas semanas após a confirmação do primeiro caso da subvariante Éris da Covid-19 no Brasil, a Sociedade Brasileira de Infectologia alerta para a disseminação da nova cepa, que já apresenta transmissão local confirmada no Rio de Janeiro. Especialistas temem uma onda de aumento de casos, com duração prevista de 4 a 6 semanas.
Em uma nota informativa publicada em agosto, a Sociedade Brasileira de Infectologia destacou que a subvariante Éris possui mutações que aumentam sua capacidade de transmissão, o que pode resultar em um rápido aumento no número de casos. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Éris como de baixo risco, uma vez que não parece alterar o padrão de gravidade da doença. Até agora, os relatos de sintomas da Éris têm sido leves, incluindo febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor de garganta e coriza.
O infectologista Julio Croda observa que, como se trata de uma subvariante, é esperado que o impacto da Éris seja menor do que o observado com a Ômicron, que surgiu em 2021. Ele enfatiza que a melhor maneira de prevenir a disseminação da Éris é aumentar a cobertura vacinal em todo o país, especialmente com a vacina Bivalente, que é eficaz contra essa nova variante.
No entanto, os números do vacinômetro do Ministério da Saúde revelam um baixo índice de vacinação com a vacina Bivalente em Mato Grosso do Sul, com apenas 9,42% da população alvo imunizada. Muitas pessoas ainda não completaram seu esquema vacinal com a segunda dose e a terceira dose, e a vacinação com a Bivalente ainda está pendente para mais de 2 milhões de pessoas que já completaram seu esquema vacinal.
Dados recentes do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, na última semana, duas pessoas morreram de Covid-19 em Mato Grosso do Sul. A vacinação continua sendo a principal ferramenta de prevenção contra a variante Éris e outras cepas do vírus.
A subvariante Éris é mais uma prova de que a pandemia de Covid-19 continua a evoluir, e é crucial que as medidas de prevenção, como o uso de máscaras, distanciamento social e a vacinação, sejam mantidas para proteger a saúde pública.
Em relação aos casos, foram registrados 137 novos casos na última semana em Mato Grosso do Sul, com um número significativo em Campo Grande, Dourados e Costa Rica. A situação exige vigilância constante e ação coordenada para conter a disseminação da Covid-19.
