Servidores municipais de Campo Grande enfrentam o terceiro ano sem reajuste salarial

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Na segunda-feira (10/06/2025), a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes (PP) anunciou, que pelo terceiro ano consecutivo, os servidores municipais não terão reajuste linear, conforme previsto na Constituição Federal. Segundo ela, apenas algumas categorias com déficits salariais desde 2022 receberam ajustes pontuais. A data-base para negociações era maio, mas a prefeitura optou por não conceder a reposição inflacionária, com base em estudos técnicos que ainda definirão medidas futuras.

O último reajuste linear, de 10%, ocorreu na gestão de Marquinhos Trad (PDT), atual vereador. Desde que Adriane assumiu, em 2022, não houve novos aumentos para o funcionalismo. No entanto, em 24 de abril de 2025, foi sancionada uma lei que reajustou os salários da prefeita, da vice-prefeita, de secretários, dirigentes de autarquias e cerca de 500 servidores no teto municipal, com efeito retroativo a fevereiro. Aprovado em regime de urgência pela Câmara Municipal, o projeto teve apenas o voto contrário de Marquinhos Trad, que criticou o benefício restrito a 1,66% dos servidores.

O reajuste escalonado elevou os salários de secretários e dirigentes para R$ 19.028,90 em 2025, R$ 25.511,95 em 2026 e R$ 30.142,70 em 2027. Cerca de 500 servidores, incluindo auditores fiscais, procuradores, profissionais da saúde e diretores de escolas, também foram beneficiados, já que seus salários, vinculados ao da prefeita, estavam sem reajuste há mais de dez anos.

Impacto financeiro: O custo total até 2027 será de R$ 95 milhões, sendo R$ 32,8 milhões em 2025 e R$ 73 milhões em 2026. A receita corrente líquida ficará comprometida em 51% (2025-2026) e 52,3% (2027), segundo a secretária de Fazenda, Márcia Helena Hokama.

Servidores estaduais: Em contraste, o governo de Mato Grosso do Sul concedeu reajuste de 5,06% a servidores estaduais efetivos e comissionados, aplicado desde 1º de maio de 2025. O percentual, baseado na recomposição inflacionária e na Lei de Responsabilidade Fiscal, beneficia Executivo, Legislativo, Judiciário, Defensoria Pública, Tribunal de Contas e Ministério Público, sem comprometer investimentos essenciais.

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