Sargento da PMMS preso em operação da PF continuará recebendo salário até conclusão do procedimento investigativo

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O terceiro sargento da Polícia Militar Estadual de Mato Grosso do Sul (PMMS), Ygor Nunes Nascimento, que foi preso durante uma operação da Polícia Federal em Dourados, continuará recebendo seus proventos no valor de R$ 8.437,83 até a conclusão do relatório final do procedimento investigativo.

De acordo com a assessoria de comunicação da PMMS, um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) será instaurado para apurar se o sargento possui condições de permanecer na corporação. O prazo para a realização desse procedimento é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.

Enquanto isso, Ygor continuará recebendo seu salário, mesmo após ter sido levado para o Presídio Militar Estadual pelos seus colegas de farda, após a expedição dos mandados de busca e apreensão e prisão pela Polícia Federal.

No Diário Oficial publicado nesta segunda-feira (3), consta a transferência do sargento do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) para o Presídio Militar por inconveniência. Ygor é suspeito de escoltar traficantes no estado e é conhecido na organização criminosa como ‘Romanov’, conforme apontou a investigação. O militar estava em estágio probatório e há apenas dois meses no DOF.

Durante a operação, os colegas de farda foram até a unidade do DOF em Dourados, onde apreenderam uma pistola Glock com numeração suprimida, um carregador com 17 munições e outro carregador de fuzil. O terceiro sargento recebeu voz de prisão.

No momento do depoimento, o militar optou por permanecer em silêncio e não deu explicações sobre a arma com a numeração raspada.

A operação realizada pela Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O terceiro sargento teve a prisão preventiva decretada e, segundo o juiz plantonista Valter Tadeu Carvalho, a medida se faz necessária para garantia da ordem pública e devido à periculosidade do indiciado ou acusado. O magistrado destacou que a prisão ocorreu em decorrência do cumprimento de mandado de prisão por suposto envolvimento em organização criminosa, sendo flagrado com arma e munições relacionadas quando estava fora de serviço.

Em nota, o DOF informou que Ygor não foi detido na sede da unidade, e que após ter ciência da operação e da expedição do mandado de prisão, a direção do DOF cumpriu o mandado e encaminhou o policial, junto com a Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, à Delegacia da Polícia Federal em Dourados.

Segundo a corporação, durante o estágio de avaliação para integrar o DOF, o policial voluntário não utiliza o fardamento da unidade. O sargento em questão ainda não integrava oficialmente o quadro da unidade e estava em período de avaliação.

Além disso, durante a mesma operação, o megatraficante Antônio Joaquim Mota, conhecido como ‘Motinha’ ou ‘Dom’, conseguiu fugir de helicóptero de sua fazenda no Paraguai, devido a um vazamento de informação. Essa foi a segunda vez que ele escapa das autoridades. O grupo liderado por Mota possui uma organização paramilitar para o tráfico internacional de drogas, contando com membros que possuem cursos nacionais e internacionais de segurança militar privada e experiência em atuação contra piratas na Somália.

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