A única rodovia asfaltada que conecta as cidades de Corumbá e Ladário, a BR-262, enfrentará interdições totais de tráfego que podem durar até 72 horas cada, devido a obras emergenciais de reforma na ponte sobre o Rio Paraguai. A medida, necessária para a aplicação e secagem do concreto em áreas próximas a três dos 34 pilares da ponte, está prevista para ocorrer a partir de meados de fevereiro.
Segundo Mauro Azambuja Rondon, diretor da Agesul, responsável pela reforma, as interdições serão cruciais para garantir a qualidade e durabilidade do concreto. Durante o processo de “cura” do concreto, é vital evitar qualquer trepidação na pista para impedir fissuras e assegurar a aderência adequada à ferragem.
Embora a possibilidade de múltiplas interdições ainda não seja definitiva, cada uma delas pode variar de 24 a 72 horas. Azambuja enfatiza que não há risco de colapso na ponte. Quanto maior a duração das interdições, melhor será a qualidade do concreto aplicado nas áreas deterioradas.
A empreiteira responsável pelos reparos, com contrato de pouco mais de R$1,6 milhão, optou por não acelerar a secagem com misturas químicas, pois isso poderia comprometer a resistência do concreto a longo prazo. Azambuja afirma que as interdições serão comunicadas com antecedência, minimizando o impacto nos usuários da rodovia.
A ponte, que atualmente opera em meia pista desde março do ano passado, registrou excesso de velocidade, levando à instalação de radares e regulamentação do tráfego em comboios. Recentemente, medidas adicionais foram implementadas para garantir a segurança, incluindo a ativação de uma ponte na margem direita do Rio Paraguai para evitar veículos com excesso de peso.
Para evitar as interdições, a alternativa para quem precisa acessar Corumbá e Ladário será utilizar a Estrada Parque, um trecho de cerca de 120 quilômetros sem asfalto, fazendo a travessia do Rio Paraguai pela balsa no Porto da Manga. No entanto, essa opção não é viável para bi-trens que transportam minérios.
A ponte, que anteriormente tinha pedágio, foi devolvida ao governo estadual após oito meses de cobrança, sem condições de tráfego, impactando o acesso vital entre as cidades de Corumbá e Ladário.