Receita Federal investigará sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em operação contra corrupção no TJMS

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Órgão atuará na segunda fase da Operação “Ultima Ratio” para rastrear o dinheiro desviado.

A Receita Federal terá papel fundamental na segunda fase da Operação “Ultima Ratio”, que investiga um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, anunciou que o órgão irá apurar crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio relacionados ao esquema.

Em um vídeo divulgado à imprensa, Zumilson Custódio explicou que a Receita Federal irá analisar o material apreendido na operação, incluindo o dinheiro em espécie, para identificar transações e pessoas envolvidas. O objetivo é responsabilizar os culpados tanto na esfera tributária, com o recolhimento de impostos sonegados, quanto na esfera penal, com o encaminhamento dos casos ao Ministério Público.

Rastreamento do dinheiro:

“O que a gente busca é identificar possíveis ganhos ilícitos com essas operações. Identificar o rastro dessas operações, qual caminho percorreu o dinheiro, se houve evasão de divisas, se houve sonegação fiscal ou se há ocultação de patrimônio”, afirmou o delegado.

Operações anteriores:

A Operação “Ultima Ratio” é um desdobramento das Operações Lama Asfáltica e Mineração de Ouro, que investigaram esquemas de corrupção em Mato Grosso do Sul. Segundo Zumilson Custódio, a Receita Federal utilizará elementos colhidos nessas operações anteriores para aprofundar as investigações sobre o esquema de venda de sentenças no TJMS.

Alvos da operação:

A operação afastou cinco desembargadores do TJMS, incluindo o presidente do tribunal, além de advogados, servidores e lobistas. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), Osmar Domingues Jeronymo, e seu sobrinho, Danillo Moya Jeronymo, servidor do TJMS, também foram afastados.

Conluio entre advogados e magistrados:

As investigações identificaram situações em que o magistrado responsável pela decisão já havia sido sócio do advogado da parte interessada, evidenciando um conflito de interesses e a possível ocorrência de corrupção.

Ação em quatro estados:

A Operação “Ultima Ratio” cumpre 44 mandados de prisão em Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Cuiabá (MT), com a participação de 200 agentes da Polícia Federal.

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