A jornada da vida de uma mulher é marcada por uma série de desafios, desde a adolescência até a fase adulta. Desde o início da menstruação, com seus surtos hormonais e a tensão pré-menstrual, até a menopausa, com a escassez de hormônios, a libido diminuída e os fogachos que podem ocorrer em qualquer estação do ano. Além disso, enfrentamos questões como a pele envelhecida, as marcas de expressão e a falta de colágeno, o que nos leva a questionar constantemente “e agora?”.
Apesar das tentativas da literatura de autoajuda (agora mais frequentemente em vídeos do que em livros) de nos fazer acreditar que tudo ficará bem, a realidade muitas vezes é diferente. A mídia também não colabora, mostrando mulheres em séries, filmes e novelas com a mesma idade ou até mais velhas do que nós, exibindo uma beleza impecável, pele radiante, cabelos sedosos e corpos esbeltos. O que não nos é dito é que esse grupo seleto de mulheres frequentou clínicas de estética e investiu uma pequena fortuna para alcançar a perfeição física.
Enquanto algumas podem se dar ao luxo desses tratamentos, outras mulheres são deixadas para enfrentar o desgaste natural do tempo. Tentamos suplementar, seguimos as receitas da vovó, recebemos conselhos das tias, mas a decadência física é uma batalha diária. Como lidar com tudo isso? Não há uma resposta fácil, especialmente quando nos vemos presas em um turbilhão de desequilíbrios hormonais que afetam não apenas nosso corpo, mas também nossa autoestima.
A grande verdade é que buscar um equilíbrio de autoestima, no furacão do desequilíbrio hormonal, não é uma tarefa fácil, e muitas mulheres não ousam nem falar sobre isso. Talvez falar ou escrever (o que estou fazendo agora) nos ajude, ao menos, a nos olhar por dentro, porque por fora, bom, pode ser terrivelmente difícil.