A investigação sobre o furto de joias no apartamento do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, revelou uma sofisticada operação de uma quadrilha especializada em invadir imóveis de alto padrão em São Paulo. Os criminosos, que se passavam por judeus para se infiltrar em prédios de luxo, foram presos e tiveram seus bens apreendidos.
De acordo com a polícia, o grupo utilizava diversas técnicas para enganar os porteiros e moradores dos edifícios. Além de se disfarçar com trajes religiosos, como talit e quipá, os criminosos também se apresentavam como moradores ou visitantes, utilizando nomes falsos e documentos adulterados.
Após invadirem os apartamentos, os criminosos reviravam os cômodos em busca de joias, relógios e outros objetos de valor. Eles fotografavam os itens furtados e compartilhavam as imagens com os comparsas por meio de aplicativos de mensagens.
As investigações levaram a polícia a uma joalheria localizada na região central de São Paulo, onde as joias roubadas eram vendidas. O proprietário do estabelecimento, que também foi preso, pagou R$ 67 mil pelas joias furtadas do apartamento de Reinaldo Azambuja. As peças já foram recuperadas e devolvidas ao ex-governador.
Três integrantes da quadrilha foram presos em São Paulo, três dias após o crime no apartamento de Azambuja. Durante as buscas, a polícia apreendeu diversas joias, relógios e outros objetos que podem ter sido roubados em outros crimes.
A polícia identificou ao menos sete invasões em prédios de luxo em bairros nobres de São Paulo, todas com o mesmo modus operandi. Em alguns casos, os criminosos utilizavam roupas e acessórios que os faziam parecer adolescentes de classe média alta, facilitando a entrada nos edifícios.
As investigações continuam com o objetivo de identificar outros integrantes da quadrilha e desvendar outros crimes. A polícia acredita que o grupo esteja envolvido em uma série de furtos em diferentes estados do país.
