O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), entregou comunicado do partido à ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Maria Thereza de Assis Moura no qual pedia a continuação com rapidez das investigações com relação ao processo que pede a cassação do diploma eleitoral da presidente da República, Dilma Rousseff, e do vice, Michel Temer.
A respeito de Maria Thereza, o partido mudou seu posicionamento quanto à escolha dela como relatora da ação. Na semana passada, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), divulgou nota em que classifica como“atípica e incomum” a decisão do TSE em manter a ministra nesta função.
Nesta quinta-feira (12), porém, o presidente do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse confiar no julgamento da ministra.
— O que queremos é que as investigações com relação as ilicitudes da campanha eleitoral da presidente [Dilma] continuem no TSE. Confiamos na ministra Maria Thereza, é uma juíza respeitada por todos nós, e pedimos a ela apenas celeridade no momento em que as solicitações, seja de compartilhamento de provas e outras diligências lá cheguem.
O PSDB entrou com ação de impugnação contra Dilma no TSE. A legenda denuncia suposto abuso de poder econômico, político, além do uso da máquina pública por parte do PT na campanha de 2014 à presidência da República.
Em fevereiro, a ministra havia individualmente negado seguimento à ação, mas, após recurso do PSDB, em outubro o TSE autorizou por cinco votos a dois a instauração do processo, no primeiro caso de impugnação de mandato aberta contra um presidente desde 1937.
Depois de reunião com a bancada do PSDB na Câmara, Aécio aprovou a posição dos deputados em pedir o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por conta da “gravidade das denúncias” contra ele. Só que o senador classificou o impeachment de Dilma como prioridade.
Apesar de a decisão pela abertura do processo ser de responsabilidade de Cunha, Aécio afirmou que “não há negociação” e que cabe ao peemedebista decidir o que vai fazer e responder por isso.
— PSDB fez o que era adequado, e a nossa posição política, já percebo que começa a influenciar outras forças partidárias aqui na Câmara e setores da sociedade. Estamos fazendo o que é certo, cabe ao presidente Eduardo Cunha decidir o seu destino.
Durante a reunião com deputados na liderança do PSDB na Câmara, Aécio discutiu o cenário das eleições municipais de 2016 com prováveis candidatos do partido.