Com a grande repercussão do assassinato do empresário Antônio Caetano de Carvalho, em uma audiência de conciliação no Procon, no dia 13 de fevereiro deste ano, em Campo Grande, aprimoramento de segurança serão implantados no órgão, com serviço de inteligência da polícia que irá atuar em conjunto.
Foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (14), um protocolo que deve ser apresentado em 60 dias, para a implantação de medidas preventivas e de aprimoramento da segurança e gestão de riscos nas rotinas processuais envolvendo o atendimento e as conciliações nas instalações do Procon/MS.
Tudo deve ser consolidado em relatório e na apresentação de Plano de Gestão de Riscos e Segurança (Plano de Segurança Orgânica), a ser apresentado no prazo de 60 dias, com a possibilidade de policiais à paisana durante audiências.
O policial reformado José Roberto se entregou a polícia três dias depois do crime, onde em depoimento confessou o assassinato após a briga com o empresário.
Morte por R$ 630
Antônio foi morto com três tiros na cabeça disparados pelo PM reformado José Roberto de Souza após cobrança de dívida de R$ 630 referente a um serviço feito na caminhonete do autor.
O filho da vítima explicou ao Jornal o Midiamax, na época do crime, que o policial trocou o motor da caminhonete no fim do ano passado, mas deu problemas e o militar reformado reclamou, sendo que voltou a empresa para refazer o serviço, mas ocorreu a demora, já que era fim de ano e a empresa entrou em recesso. Neste período, o policial acabou entrando com uma ação no Procon.
Mas, o serviço foi refeito e Caetano havia pedido para que o policial retirasse a queixa no Procon já que tudo havia sido feito. No dia 13 de fevereiro, o empresário estava na sala de conciliação e o policial reformado teria sido cobrado desse saldo devedor de R$ 630, quando o militar teria dito “vou pagar”.
“Meu pai nunca teve problemas com clientes, nunca havia tido qualquer reclamação no Procon nestes 50 anos de atuação no mercado”, disse o filho de Caetano, ainda muito abalado com o assassinato. Em seguida, José levantou e sem dizer mais nada atirou três vezes contra o empresário, que morreu no local.