A previsão climática para os próximos dias em Mato Grosso do Sul indica uma breve queda nas temperaturas devido à aproximação de uma frente fria. As mínimas devem alcançar 2°C na região sul-fronteira do estado, como em Amambai e Ponta Porã, e 7°C em Campo Grande. No entanto, essa onda de frio será temporária, pois as temperaturas voltarão a subir, ultrapassando os 32°C já na terça-feira (2). A ausência de chuva significativa durante esse período de transição do calor ao frio é um sinal preocupante, especialmente no contexto das queimadas que assolam o Pantanal.
Porto Murtinho, que recentemente registrou altas temperaturas, verá uma queda nos termômetros, com mínimas de 13°C no sábado e 5°C no domingo. No entanto, o frio não será tão intenso nas regiões pantaneira, norte e bolsão do estado. Em Corumbá, por exemplo, as mínimas devem ser de 15°C, enquanto em Coxim e Paranaíba, as mínimas serão de 13°C e 12°C, respectivamente.
A chance de chuva nas regiões mencionadas é mínima, prolongando ainda mais o período de estiagem. Este cenário é particularmente preocupante para o Pantanal, que enfrenta uma seca severa, favorecendo a ocorrência de queimadas. A falta de precipitação, combinada com o clima seco e as altas temperaturas, cria condições ideais para a propagação de incêndios florestais, colocando em risco a biodiversidade e os ecossistemas locais.
Inverno Mais Quente e Seco
De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS), este inverno será caracterizado por temperaturas mais elevadas do que o normal e predomínio de tempo seco. A previsão é de chuvas ainda mais baixas do que os já insuficientes 300 milímetros esperados para a região sul do estado, com calor persistente em todo o Mato Grosso do Sul. As temperaturas máximas devem continuar na casa dos 30°C, sem previsão de frentes frias significativas, apesar da incidência do fenômeno La Niña.
O fenômeno La Niña, que envolve o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, geralmente influencia o clima de maneira a favorecer as massas de ar frio. No entanto, este ano, mesmo com La Niña em vigor, as condições gerais do clima não indicam alívio da seca. A ausência de chuvas continuará a agravar a situação no Pantanal, aumentando o risco de queimadas.