Prefeitura de Corumbá quer pedir 80 milhões de reais emprestado pra Caixa Econômica, proposta gera polêmica entre vereadores e população

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A administração municipal de Corumbá/MS enfrenta uma crise financeira preocupante, levando o Chefe do Executivo a enviar um Projeto de Lei para ser avaliado pelos Vereadores. O projeto busca autorização para contrair um novo empréstimo com a Caixa Econômica Federal, usando como garantia os recursos recebidos do Fundo de Participação do Município (FPM). O montante do empréstimo será destinado a obras e outras ações na cidade.

Entretanto, essa proposta gerou forte reação por parte de alguns Vereadores, bem como da população em geral, diante do contexto econômico e financeiro desafiador enfrentado pelo município. No início de janeiro de 2024, a prefeitura precisou parcelar dívidas com repasses ao FUNPREV referentes aos meses de outubro e novembro de 2023. Além disso, uma licitação para gastos com publicidade no valor de R$6.600.000,00 gerou controvérsia, assim como as parcelas do empréstimo do Fonplata que já precisarão ser quitadas.

A situação das finanças municipais também foi destacada, estando acima do chamado “Limite Emergencial” estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, principalmente em relação aos gastos com pessoal. Diante desses desafios, questiona-se a urgência e a necessidade de um novo empréstimo milionário.

Os Vereadores Nelson Dib Junior e Chicão Vianna já manifestaram publicamente suas posições contrárias ao projeto, expressando preocupação com os impactos futuros para a cidade. A vereadora Raquel Brik também se posicionou contra o possível pedido de empréstimo, questionando a gestão municipal em meio a necessidades básicas não atendidas, como saúde de qualidade

Em conversa com nossa reportagem a vereadora Raquel afirmou que o legado deixado pela atual administração é maldito “Há uma forte sensação de que a administração está deixando um legado maldito para os próximos prefeitos e para toda a população de Corumbá. A cidade, que arrecada consideráveis recursos de ICMS, CFEM e outros, vê-se perplexa diante da necessidade de contrair empréstimos para honrar seus compromissos”.

A falta de serviços essenciais e o aparente foco em obras e aquisição de máquinas em pleno ano eleitoral suscitam questionamentos sobre as prioridades da gestão municipal. A população aguarda ansiosamente uma explicação mais detalhada e uma análise aprofundada sobre a real necessidade e viabilidade desse novo empréstimo.

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