Na noite de sábado, os policiais foram chamados para atender uma ocorrência envolvendo disparos contra agentes policiais penais. Ao chegar ao local, foram informados que alguns indivíduos haviam efetuado cerca de 10 disparos contra os agentes. Questionados sobre as características dos criminosos, os agentes relataram que um dos suspeitos vestia uma camiseta vermelha.
Durante as buscas pelos autores, os policiais encontraram uma pessoa caminhando na Rua Adventor Divino De Almeida. Ao se aproximarem para realizar uma abordagem, foram surpreendidos por dois tiros e revidaram.
Solicitou-se apoio da Rotac (Rondas Ostensivas Táticas e Ações de Choque), que encaminhou o ferido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia, onde foi constatado o óbito.
A perícia recolheu do local dois celulares envolvidos em espuma e fita adesiva verde, característicos dos arremessados para dentro do presídio. Também foi apreendida uma arma, tipo revólver calibre .38, com 4 munições intactas e 2 deflagradas. Além disso, a perícia recolheu uma carabina T4 marca Taurus, um carregador tipo cofre e 10 munições da equipe policial.
Outros itens liberados pela perícia para providências incluíam embalagens utilizadas para envolver os objetos, uma garrafa de 500ml com bebida alcoólica, uma camiseta vermelha (a mesma cor da vestimenta do atirador), uma mochila marrom, dois pedaços de papel com dados bancários (um da Caixa Econômica Federal e outro do Banco do Brasil). No ato do socorro, também foi encontrado um aparelho celular Xiaomi de cor azul. O caso foi registrado como disparo de arma de fogo e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial na Depac-Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário – Centro Especializado de Polícia Integrada).
Celulares nos Presídios
Sem bloqueadores de sinal e sem combate efetivo à corrupção entre servidores, as cadeias de Mato Grosso do Sul tornaram-se verdadeiros escritórios conectados com o mundo para detentos que comandam organizações criminosas a partir das celas da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária).
Supostamente organizado em parceria entre presos faccionados e servidores corrompidos, esse esquema transformou as ‘telecomunicações ilegais’ em um negócio milionário nas cadeias da Agepen.