Policiais militares e bombeiros rejeitaram, nesta sexta-feira (01), a proposta de abono apresentada pelo Governo do Estado. Durante assembleia geral realizada na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, os servidores, que vieram de diversas cidades do interior, foram unânimes ao rechaçar a possibilidade de um abono de R$ 200 para membros das corporações e ainda sugeriram uma contraproposta, que será apresentada em uma nova rodada de negociações, marcada para o dia 11 de abril.
“Essa proposta de abono é ínfima e esdrúxula. Só trouxemos para assembleia por obrigação, e era certeza que seria recusada. O Governo autorizou reajuste maior para os professores, e deve tratar todos os segmentos do funcionalismo com isonomia. Se há uma lei federal que obriga tal reajuste aos professores, há, também, a Constituição Federal que obriga o Governo a promover, pelo menos, a reposição anual da inflação”, apontou o presidente da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva.
O abono de R$ 200 apresentado pelo Governo, além de ser recusado, foi recebido também com indignação pela tropa. Policiais militares e bombeiros viram um ‘desrespeito’ na atitude do governador Reinaldo Azambuja, que tem alardeado, desde sua campanha eleitoral, em 2014, que irá promover uma valorização do servidor da segurança pública.
Contraproposta – Os militares que participaram da assembleia ainda sugeriram uma contraproposta que será apresentada ao Executivo na próxima reunião: aumento linear de 11,36% para todos os postos e graduações, além do abono de R$ 300.
Desta forma, o salário de um soldado em início de carreira seria de pouco mais de R$ 3,7 mil, o que, se comparado ao vencimento atual, representaria um aumento de R$ 17,4%.
Uma nova assembleia está marcada para o dia 13 de abril, a partir das 15h. O local provável é a Praça do Rádio Clube, região central de Campo Grande.
Colaborou ACSPMBMMS