Polícia Federal prende duas pessoas e apreende armas e munições em loja especializada em Campo Grande

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Agentes da Polícia Federal realizaram uma operação na tarde desta terça-feira (15) e prenderam duas pessoas, além de apreenderem centenas de munições e cinco armas em uma loja especializada na venda de produtos de caça e pesca na Avenida Bandeirantes, em Campo Grande.

De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira, a ação teve como objetivo fiscalizar o comércio de armas e munições, que agora está sob responsabilidade da Polícia Federal. Durante uma operação, foi constatado o comércio ilegal de munições de arma de fogo por parte da empresa especializada em equipamentos de caça e pesca, resultando na execução de um comando de busca e apreensão.

O sócio da loja, advogado Eliezer Melo Carvalho, explicou que, devido à presença de um escritório de advocacia no mesmo local, os agentes foram inicialmente impedidos de acessar o estabelecimento, uma vez que os escritórios de advocacia possuem inviolabilidade. No entanto, após a obtenção de um mandado judicial e com a presença de três advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), o acesso foi liberado.

Embora não tenha sido especificado o crime exato pelo qual as duas pessoas foram presas, foram armas confiscadas três pistolas e duas longas, possivelmente escopetas calibre 12. Eliezer afirmou que uma das pessoas detidas é sua ex-mulher, sócia da loja, e que ela passaria por audiência de custódia nesta quarta-feira.

A Polícia Federal não divulgou o nome da loja envolvida na operação, mas uma viatura da corporação foi flagrada na frente da loja Jacaré, na Avenida Bandeirantes. O advogado Eliezer assegurou que todos os produtos vendidos na loja possuem documentos e são de origem legal, sem procedência paraguaia.

Segundo Eliezer, o estoque contém cerca de 30 pistolas e a mesma quantidade de armas longas, incluindo escopetas de calibre 12. Ele afirmou haver possibilidade de ter ocorrido alguma falha nos registros ou apresentação de documentos, uma vez que estava impossibilitado de comparecer à loja devido a um uma cirurgia oftalmológica recente.

Eliezer alegou que a operação representava um abuso de poder, e enfatizou que a loja atua de acordo com as leis, vendendo armas e munições apenas mediante a apresentação de documentos legais pelos clientes.

“Da minha loja não sai nada sem nota. Quase tudo da Taurus já chega com a documentação de fábrica, e nós entregamos as armas e munições somente quando o cliente apresenta os documentos exigidos por lei. Não somos bandidos e não vendemos para bandidos. Bandidos não comprem armas em lojas”, declarou Eliezer por telefone, nesta quarta-feira pela manhã.

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