O prêmio de R$ 27,4 milhões da Mega-Sena, que foi ganho por uma aposta realizada em Dourados, está sendo disputado na justiça. Os participantes do bolão vencedor alegam que o organizador das apostas não repassou os valores corretamente e teria se apropriado de parte do prêmio.
O bolão foi organizado por um funcionário da lotérica onde o prêmio foi sorteado e contava com a participação de doze pessoas. De acordo com os participantes, o funcionário realizava as apostas conjuntas há vários anos. No entanto, a defesa de um dos participantes alega que o mesmo teria recebido cerca de R$ 1,6 milhão a menos do que o valor proposto pelo organizador. O prêmio, se dividido igualmente entre os doze participantes, renderia algo em torno de R$ 2,3 milhões para cada um, mas os participantes teriam recebido apenas R$ 690 milhões.
Um processo criminal e outro na esfera cível estão em andamento no Fórum de Dourados. O organizador alegou que havia impostos a serem descontados e que o grupo formado para o bolão era de 20 pessoas e não de 12, o que foi contestado pelos participantes.
A defesa dos participantes do bolão solicitou o bloqueio das contas do organizador, mas o pedido foi negado pela 2ª Vara Criminal e pela juíza Daniela Vieira Tardin da 4ª Vara Cível. Uma audiência de conciliação foi marcada para esta quarta-feira (12) na 4ª Vara Cível.
Um dos participantes do bolão registrou boletim de ocorrência contra o funcionário da lotérica, pois só ficou sabendo do prêmio após a divulgação na imprensa, uma vez que o organizador não o procurou para informar sobre a premiação. O desembargador Ruy Celso Barbosa Florence também negou liminar para o bloqueio do dinheiro.
