Mulher vítima de violência escreve um bilhete com pedido de ajuda e entrega pra funcionário do supermercado

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Vivendo sob ameaças constantes de morte, uma mulher de 38 anos, pediu ajuda em um supermercado na cidade de Rio Brilhante, localizada a 163 quilômetros de Campo Grande. Ela entregou um bilhete ao funcionário do estabelecimento com um pedido desesperado: “Chama a Polícia pra mim. Por favor”. Este ato de coragem salvou sua vida e levou à prisão o agressor, um homem de 40 anos.

A situação ocorreu no último fim de semana, quando uma mulher se viu diante de ameaças de seu marido, que a fazia viver sob medo constante. Dentro do super marcado, onde ela estava em companhia do marido, tomou a iniciativa de entregar o bilhete ao funcionário, a PM (Polícia Militar) foi acionada e o agressor foi preso.

Segundo o registro policial, por volta das 11h de sábado (2), uma equipe policial foi chamada para o mercado localizado na Rua Professor Etelvino Vasconcelos, quando ela viu a guarnição chegando, correu em direção dos policiais pedindo proteção. Ela relatou aos PMs que desejava se separar, mas o esposo fazia ameaças graves, incluindo a promessa de matar ela, o filho e, em seguida, cometer suicídio.

A vítima também disse a polícia que já não apoiava mais viver sob essa situação. Antes de ir ao mercado, ela disse que seu marido forçou a entrar no carro e começou a percorrer a cidade, fazendo ameaças durante todo o trajeto. A mulher alegou que seu esposo mantinha em casa uma arma de fogo e várias munições.

O marido negou as acusações, mas os policiais foram até a residência do casal, localizada no Bairro Morada do Sol, onde encontraram uma garrucha de cano, aparentemente de calibre 36, sem numeração. Além disso, a vítima entregou aos policiais 8 cartuchos de .44, que ela havia escondido por medo de que seu marido pudesse utilizá-los contra ela ou seus filhos.

O agressor foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia da cidade. Em audiência de custódia, o juiz Raul Inácio Nogueira decretou prisão preventiva do suspeito. O magistrado também deferiu medidas protetivas e cautelares, proibindo o agressor de se aproximar da vítima e qualquer tentativa de reconciliação, garantindo a segurança da mulher e de seus filhos.

Esse caso destaca a importância de denunciar situações de violência doméstica e o poder da comunidade em ajudar vítimas a buscar socorro quando estiverem em perigo.

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