Mato Grosso do Sul registrou 27 novos óbitos por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) entre 24 e 31 de maio. Desse total, 10 foram causados pela Influenza A (H1N1), elevando o número de mortes por doenças respiratórias no estado para 412 em 2025.
Os dados são do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado nesta sexta-feira (6), referente à 22ª semana epidemiológica.
O boletim aponta, ainda, a confirmação de mais 338 casos de SRAG, totalizando 4.708 até o final de maio. Campo Grande lidera as notificações com 1.706 casos, seguido por Corumbá (378), Dourados (282), Ponta Porã (238) e Três Lagoas (187).
Perfil dos Casos e Óbitos
No perfil dos casos notificados, crianças de 1 a 9 anos apresentam o maior índice, com 1.203 testes positivos para doenças que compõem a síndrome respiratória. Crianças menores de 1 ano vêm em segundo lugar, com 1.196 casos. Considerando todas as faixas etárias, homens são os principais pacientes com SRAG no estado.
Em relação aos óbitos por SRAG, idosos entre 60 e 80+ anos são o grupo mais vulnerável, somando 450 vítimas em 2025.
Entre os agentes etiológicos detectados nos casos confirmados, destacam-se o Vírus Sincicial Respiratório (1.157 casos), rinovírus (667) e influenza A H1N1 (603). Outros agentes incluem influenza A não subtipado (259), Covid-19 (164), adenovírus (96) e metapneumovírus (44).
Comparativo com 2024 e Alerta para o Inverno
A quantidade de casos confirmados de SRAG em 2025 supera os registros do mesmo período de 2024. Em Campo Grande, por exemplo, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) registrou 1.540 casos de SRAG entre janeiro e o início de junho deste ano, contra 1.474 no ano passado.
O Vírus Sincicial Respiratório continua sendo o principal causador da SRAG, seguido pela Influenza A, que, por sua vez, é a principal causa de óbitos. A boa notícia é que a vacina gratuita contra a influenza está disponível para toda a população.
Embora o número total de mortes em 2025 (142) seja menor que o de 2024 (165), há um dado preocupante: 13 crianças morreram em decorrência das doenças respiratórias este ano, contra 7 no mesmo período do ano passado.
Apesar da elevação dos números gerais, a Sesau aponta que a curva de casos confirmados tem apresentado desaceleração nas últimas semanas. Contudo, as autoridades de saúde não descartam um novo aumento com a chegada do inverno, ainda em junho.