O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), André Mendonça, negou nesta sexta-feira, 13, um recurso especial eleitoral que buscava viabilizar a diplomação de Álvaro Urt (PSDB) como prefeito de Bandeirantes, mesmo estando inelegível. Urt conseguiu registrar sua candidatura e disputar as eleições deste ano, mas seu posse foi barrado pela Justiça Eleitoral.
Em sua decisão, o ministro considerando a ausência do requisito de plausibilidade jurídica no pedido, indeferindo o recurso que buscava conceder efeito suspensivo à decisão que já havia negado o registro da candidatura. A defesa de Urt, que já havia iniciado a formação de uma equipe de transição para assumir o comando da prefeitura, viu sua tentativa frustrada.
Com a decisão, o futuro prefeito de Bandeirantes só será conhecido no dia 1º de janeiro. Até lá, a eleição para a presidência da Mesa Diretora da Câmara Municipal ganha protagonismo, já que o presidente eleito entre os nove vereadores assumirá interinamente a carga de prefeito até que o caso seja julgado definitivamente pelo TSE, em 3 de fevereiro de 2025.
Esta não é a primeira vez que Álvaro Urt enfrenta dificuldades para assumir a prefeitura de Bandeirantes. Em 2020, ele venceu a eleição, mas foi impedido de tomar posse após ser cassado pela Câmara Municipal e condenado a oito anos de inelegibilidade por improbidade administrativa. A situação resultou em uma nova eleição em 2021, na qual Gustavo Sprotte (PP) foi eleito prefeito.
A insistência de Urt em retornar ao poder, mesmo sem cumprir sua pena, tem gerado críticas e apreensão entre especialistas e participantes. Com a decisão de André Mendonça, a avaliação é de que a sua situação política se agravou, apontando para um desfecho desfavorável no julgamento definitivo de fevereiro.
A sequência de incertezas políticas em Bandeirantes gerou impactos significativos na administração municipal. Os especialistas destacam que a falta de estabilidade prejudica o planejamento e a execução de políticas públicas, comprometendo o desenvolvimento da cidade.
O julgamento final do TSE, marcado para fevereiro, é aguardado como um possível desfecho para essa disputa que há anos tem opiniões divididas e afetadas a governabilidade local.