Um médico de 25 anos, que atuava em Maracaju, a 160 km de Campo Grande, foi indiciado pela Polícia Civil por uma série de abusos sexuais contra colegas de trabalho. O caso, que veio à tona no final do ano passado, revelou um padrão de comportamento inaceitável por parte do profissional.
A denúncia inicial veio de uma enfermeira, que relatou ter sido vítima de uma tentativa de estupro pelo médico. Segundo ela, o médico a atacou fisicamente com o intuito de cometer atos libidinosos. Esse relato desencadeou uma investigação mais aprofundada, que trouxe à luz uma série de comportamentos predatórios.
Além da tentativa de estupro, a investigação revelou que o médico frequentemente fazia comentários sexuais impróprios e envolvia-se em toques não consensuais com pelo menos quatro outras mulheres no ambiente hospitalar. Essas práticas não só criavam um ambiente de trabalho hostil, como também ocorriam na presença de pacientes, exacerbando o impacto dos atos.
Com as provas coletadas, a Polícia Civil indiciou o médico por um caso de estupro e quatro de importunação sexual. O processo agora segue para o Poder Judiciário, que decidirá sobre a pena aplicável. O hospital onde o médico trabalhava também abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar sua conduta e determinar as sanções administrativas apropriadas.
O caso lança uma sombra sobre o ambiente de trabalho e ressalta a necessidade urgente de medidas mais eficazes para proteger os profissionais da saúde e garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos.
