Mato Grosso do Sul contabiliza cinco semanas consecutivas de aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), atingindo a marca de 1.755 ocorrências e 119 óbitos desde o início de 2025. Os dados foram divulgados pela Gerência de Influenza e Doenças Respiratórias da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Na Semana Epidemiológica (SE) 14 de 2025, foram registrados 246 novos casos de SRAG. Esse número não apenas evidencia o comportamento sazonal da doença, característico dos períodos de outono e inverno, mas também supera significativamente os 160 casos notificados no mesmo período do ano anterior.
A escalada da doença teve início na primeira quinzena de março e tem apresentado um crescimento constante nas últimas semanas:
- SE 10: 142 casos
- SE 11: 163 casos
- SE 12: 166 casos
- SE 13: 198 casos
- SE 14: 246 casos
Os principais agentes causadores da SRAG identificados nos casos são o rinovírus (presente em 35,5% das amostras) e o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por 19% dos casos. Ambos os vírus apresentam alta circulação durante esta época do ano.
Capital concentra mais da metade dos casos
Campo Grande se configura como o epicentro da doença no estado, com um total de 633 casos de SRAG acumulados até a Semana Epidemiológica 14. Esse número representa aproximadamente 70% de todos os registros da última semana.
“Estamos enfrentando um período delicado. A maioria das internações por SRAG tem ocorrido em crianças de zero a nove anos, enquanto a maior parte dos óbitos se concentra na população acima dos 70 anos. Essas faixas etárias demandam atenção redobrada e um monitoramento contínuo”, alerta Lívia de Mello Maziero, gerente de Influenza e Doenças Respiratórias da SES.
A Semana Epidemiológica 17 teve início no último domingo (20), mas os dados referentes a ela ainda estão em fase de consolidação devido ao feriado prolongado da semana anterior. A estatística de 1.755 casos e 119 mortes engloba informações até a semana 15, cujo balanço oficial será divulgado na quinta-feira (24).
Diante do cenário, a SES reforça a importância da vigilância ativa nas unidades de saúde e da busca por atendimento médico imediato ao surgirem os primeiros sintomas respiratórios, especialmente em crianças e idosos, considerados os grupos mais vulneráveis ao desenvolvimento da SRAG.
