Mato Grosso do Sul – Nos próximos dias, Mato Grosso do Sul experimentará uma montanha-russa de temperatura, alternando entre fortes temporais devido a uma frente fria e um intenso “calorão” com sensação térmica que pode chegar a 50°C. O meteorologista Natálio Abrahão fez um alerta às autoridades durante uma apresentação na Câmara Municipal de Campo Grande nesta terça-feira (26), ressaltando os riscos de prejuízos pessoais e materiais que podem ser causados pelas tempestades, como as que atingiram Corumbá no início deste mês.
O meteorologista explicou que a temporada de altas temperaturas é resultado do calor que se acumula, semelhante ao que acontece em uma panela de pressão. “O calor que você está sentindo hoje fica no chão, e amanhã vem outro calor que se soma ao anterior. Então, o que está acontecendo? O chão está ganhando energia”, esclareceu Natálio.
Ele também destacou que na quarta-feira (27), as temperaturas devem cair devido a uma frente fria fraca que chegará ao país, acompanhada de rajadas de vento.
No entanto, após a queda da temperatura, o “calorão” retornará com sensações térmicas elevadas e persistirá até a próxima frente fria, prevista para o dia 7 de outubro. Natálio alertou que essa frente fria poderá ser acompanhada por ventos de até 80 km/h, tempestades e granizo, com previsões de tais eventos ocorrendo de outubro até meados de novembro.
As temperaturas mais elevadas devem ser registradas entre os dias 12 e 21 de outubro. A previsão é de que a sensação térmica alcance 50°C em Água Clara, seguida por Corumbá e Coxim com 49°C, Três Lagoas, Paranaíba e Cassilândia com 48°C, Maracaju com 46°C, Amambai e Dourados com 45°C, e Aquidauana com 44°C.
Um exemplo dos danos causados por essas condições meteorológicas extremas foi observado em Corumbá no dia 12, quando uma tempestade com ventos de até 97 km/h devastou a cidade. O evento afetou aproximadamente 90 imóveis, derrubou 40 árvores, deixou 10 desabrigados, 5 desalojados, resultou em 1 óbito e deixou 10 feridos, com prejuízos estimados em 3,7 milhões aos cofres públicos, de acordo com o superintendente da Defesa Civil, Hugo Djan.