Mato Grosso do Sul se prepara para enfrentar uma nova onda de calor e ar seco, com início previsto para esta segunda-feira (2). De acordo com a Climatempo, as temperaturas no estado devem ficar entre 2,5 °C e 5 °C acima da média, com a onda de calor podendo durar pelo menos 15 dias. A previsão indica que a umidade relativa do ar poderá cair para níveis críticos, abaixo de 12%, agravando a qualidade do ar e aumentando a concentração de poluentes na atmosfera.
A definição técnica de uma onda de calor é quando as temperaturas se mantêm cinco graus acima da média por um período de mais de cinco dias consecutivos. Os meteorologistas alertam que, além das temperaturas elevadas e da baixa umidade, haverá a presença de massas de ar quente que intensificarão ainda mais os termômetros. A onda de calor prevista para Mato Grosso do Sul pode alcançar intensidade semelhante à registrada na segunda quinzena de outubro do ano passado, quando a temperatura máxima chegou a 43,4 °C em Porto Murtinho, no dia 17 daquele mês.
Se as previsões se confirmarem, as temperaturas podem atingir picos de até 43 °C em cidades como Corumbá, Porto Murtinho, Miranda, Água Clara, entre outras. Os dias mais quentes estão previstos para 13 e 14 de setembro, com as temperaturas já ultrapassando os 40 °C a partir do feriado de 7 de setembro.
No ano passado, durante a onda de calor em outubro, 12 dos 44 municípios monitorados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) registraram temperaturas de 40 °C ou mais. Após Porto Murtinho, que atingiu 43,4 °C, Corumbá registrou 42,5 °C, também no dia 17. No entanto, uma diferença marcante é que a umidade do ar naquela época era mais alta, o que intensificava a sensação de calor. Agora, com a umidade do ar projetada para cair abaixo de 12% em várias partes do estado, espera-se uma condição ainda mais severa, embora as noites possam ser um pouco mais frescas do que em outubro do ano passado.
Em Campo Grande, a Climatempo prevê que a máxima durante esta onda de calor atinja 40 °C nos dias 13 e 14 de setembro, superando a máxima de outubro do ano passado, quando a capital registrou 39,4 °C no dia 23. A situação crítica, combinada com a baixa umidade, poderá novamente pressionar o sistema de energia, como ocorreu no ano passado, quando a sobrecarga no consumo de energia levou a quedas de fornecimento, impactando milhares de moradores que dependiam do ar-condicionado para amenizar o calor.