Mãe denuncia agressão e contradições em escola municipal de Campo Grande

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A mãe de um aluno do 4º ano da Escola Municipal de Tempo Integral Ana Lúcia de Oliveira Batista, em Campo Grande, denunciou um suposto caso de violência contra o filho e registrou um boletim de ocorrência. A criança relatou ter levado um tapa da professora substituta no dia 5 de maio, durante o período de aula.

Segundo a pedagoga, de 37 anos, a agressão foi relatada pela própria criança ao ser buscada na escola. “Quando a moça que o busca o pegou na escola, ele já entrou no carro relatando que havia sido agredido pela professora substituta. Quando chegou em casa, ele me contou que estava sentado fora do lugar, ao lado de um colega, e que a professora chegou por trás e deu um tapa nas costas dele”, narrou a mãe.

Preocupada, a mãe entrou em contato com o diretor da escola, que inicialmente afirmou ter acesso às câmeras de monitoramento da sala e pediu que ela procurasse a diretora-adjunta. No mesmo dia, ao perceber que o local da agressão estava ardendo durante o banho do filho, a família decidiu registrar um boletim de ocorrência na delegacia.

“Enquanto eu estava na delegacia, o diretor entrou em contato comigo novamente, dizendo que estava averiguando as imagens e pediu para que eu fosse até a escola no dia seguinte”, lembra a mãe. Contudo, ao comparecer à escola com o boletim de ocorrência em mãos, ela foi surpreendida pela informação de que a câmera da sala não estava funcionando. “Como assim? Se um dia antes ele mesmo me garantiu que estava averiguando?”, questionou a mãe.

Ainda de acordo com a pedagoga, o diretor teria dito que conversaria com os alunos da turma para entender o ocorrido, mas chamou inicialmente apenas o filho, questionando se o tapa não teria sido um engano, feito “em forma de carinho”. A mãe afirma que não teve contato com a professora substituta e que o diretor insistiu em dizer que a ação da docente pode ter sido interpretada de forma equivocada, “como um gesto de carinho”.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que tomou conhecimento do caso e que as devidas providências estão sendo adotadas. Segundo a nota, assim que a situação foi comunicada à direção da Escola Municipal de Tempo Integral Ana Lúcia de Oliveira Batista, o diretor atendeu a responsável pelo aluno e iniciou as averiguações.

A Semed declarou que foram ouvidos os profissionais que acompanham a turma e alunos da mesma sala, que teriam relatado não ter presenciado qualquer situação de agressão. A mãe foi informada sobre o andamento da apuração interna e, mesmo diante das informações apresentadas, optou por registrar boletim de ocorrência e formalizar denúncia na Ouvidoria Municipal.

A Secretaria acompanha o caso e já solicitou à direção todos os registros necessários. Uma equipe da Divisão de Atendimento Educacional (DAE) será enviada à unidade escolar para mediação e suporte, visando o esclarecimento dos fatos e a preservação do ambiente escolar.

A Semed ressaltou que a professora mencionada atuava como substituta e não terá mais contato com o aluno, conforme garantido pela direção da escola. A Secretaria reforça seu compromisso com o bem-estar e a segurança dos alunos da Rede Municipal de Educação de Campo Grande e está à disposição para colaborar com as autoridades competentes.

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